Como diversificar uma carteira de fundos imobiliários? Saiba agora
Montar uma carteira de fundos imobiliários diversificada e com bons ativos para o longo prazo não é uma tarefa fácil.
Alguns fatores podem impactar de forma mais relevante na escolha de FIIs do que outros, já que cada investidor possui a sua própria estratégia e perfil de risco.
Um dos primeiros fatores importantes de como escolher fundos imobiliários para investir é analisar o histórico da gestão.
Assim, é relevante analisar a atuação da gestão ao longo da trajetória do FII, assim como seu desempenho e comportamento em períodos adversos do mercado.
Também vale observar o contexto que o histórico da gestão está inserido. Um FII criado em 2020, no começo da pandemia, não deve ter a mesma “régua” de avaliação que um fundo iniciado em 2014, por exemplo.
Segundo Professor Baroni, especialista em FIIs da Suno, o histórico da gestão é um fator importante, mas a “empatia” criada entre o gestor e o cotista também deve ser considerada.
Para ilustrar essa ideia, Baroni compara a relação entre os gestores e os cotistas de fundos imobiliários com a situação de um médico e um paciente.
“É como chegar para um médico, apresentar um exame claro, simples e objetivo, e ele falar a visão dele. Se não tiver uma empatia entre vocês dois [médico e paciente], você não dá o primeiro passo no tratamento que você tiver que fazer”.
Quanto à decisão de escolher FIIs de papel ou de tijolo, o especialista diz que o momento atual é favorável para os fundos imobiliários de papel, com a volta da inflação e da alta dos juros no Brasil.
No entanto, ele diz que não se pode desprezar FIIs de setores como shopping, renda urbana e logística, por exemplo, que estejam pagando um yield próximo de 10% ao ano.
“O tijolo tem um modelo de precificação diferente. Se você pega essa taxa de juros futura que hoje está em 13% [ao ano] e traz isso para 9% ou 10% ao ano [dos fundos de tijolo], você tem um efeito de ‘mola comprimida’ que dispara no fundo de tijolo e você ‘joga esse negócio’ para 30% ou 40% para cima”.
Os ciclos econômicos vão fazer com que o momento seja mais favorável para fundos imobiliários de tijolo em certos momentos, e melhor para FIIs de papel em outros cenários.
Desse modo, a diversificação entre os dois tipos de fundos imobiliários é o mais adequado para uma estratégia promissora de longo prazo.