SNAG11 aumenta dividendos para valor recorde, com yield de 1,35% ao mês

Fernando Cesarotti

• 12/11/2025 às 12:15
• 3 minutos de leitura

Atualizado em: 12/11/2025 às 12:29

O SNAG11, Fiagro de crédito agrícola sob gestão da Suno Asset, anunciou seu maior patamar de dividendos em três anos de atuação, de R$ 0,13 por cota. O valor se refere aos resultados de outubro, que ainda serão divulgados pela gestão.

A distribuição tem um dividend yield mensal de 1,35%, considerando o preço de fechamento em 31 de outubro, de R$ 9,62. Anualizado, o rendimento do fundo está próximo de 16%. O valor representa, ainda, um aumento de 30% sobre os dividendos pagos 12 meses atrás, em novembro de 2024, de R$ 0,10 por cota.

O pagamento dos dividendos do SNAG11 será em 25 de novembro, de acordo com o número de cotas detidas pelos investidores ao fim do pregão da próxima sexta-feira (14). Isso significa que quem comprar os papéis até esse dia terá direito à distribuição já neste mês.

Confira os dividendos distribuídos pelo SNAG11 nos últimos 12 meses:

SNAG11 eleva dividendos: entenda a dinâmica do fundo

A elevação no patamar de rendimentos do SNAG11, segundo a Suno Asset, se sustenta em dois pilares: o atual cenário macroeconômico, com juros elevados, e a manutenção de uma carteira 100% adimplente, montada a partir de um perfil high grade, com forte diversificação, e monitoramento pelo Agro Score, ferramenta desenvolvida pela Serasa Experian que permite acompanhar de perto o status e o risco de crédito de seus devedores. 

Esses pilares se combinam a um momento de perspectivas positivas para o agronegócio brasileiro, com projeção de colheita recorde para a safra 2025/26. Com isso, o SNAG11 vem registrando sua cotação máxima ajustada por dividendos, nos últimos pregões, e se consolida como um dos Fiagros mais negociados do mercado, com liquidez média diária de R$ 1,615 milhão registrada em outubro.

Para o analista João Vitor Franzin, do time da Suno Asset, o agronegócio vive hoje um momento privilegiado, em meio ao aumento global da demanda por alimentos, que tende a beneficiar os investidores. Segundo ele, o aumento da qualidade de vida por parte de uma população leva à exigência de mais recursos.

Nesse cenário, o agronegócio brasileiro se posiciona muito bem. “A partir do momento que uma população começa a aumentar sua renda média per capita, há uma tendência de consumir mais proteína, como carne vermelha, o que por sua vez vai exigir também mais soja e mais milho”, explica o especialista.
Por sua estruturação como fundo listado na B3, o SNAG11 oferece aos produtores a possibilidade de investir em financiamentos de longo prazo, para aquisição de equipamentos e obras de infraestrutura. São recursos que vão além do mero custeio, num momento em que verbas subsidiadas, como do Plano Safra, se mostram insuficientes para a demanda brasileira, num momento de safra recorde, e permitem ao time de gestão projetar a manutenção de receitas num cenário de prazo mais longo.