O que precisa para os fundos imobiliários voltarem a subir?

Com a Selic hoje em patamar elevado (13,75% ao ano), muitos investidores de fundos imobiliários migraram para a renda fixa.

Somado a isso, a queda dos FIIs continuou após os desdobramentos do período pós-eleições presidenciais e incertezas quanto ao âmbito fiscal da economia brasileira

Mas afinal, o que falta para os FIIs voltarem a subir? Será que uma pequena baixa na Selic seria suficiente para o início de retomada de alta nas cotações? 

Segundo Marcos Correa, especialista de fundos imobiliários da Suno, mais importante do que verificar a Selic é acompanhar a movimentação dos juros futuros.

“Quando eles [juros futuros] começarem a cair, a gente deve ver um reflexo nos fundos imobiliários”, explica.

Ele diz que é difícil afirmar que uma pequena queda nos juros seria suficiente para um avanço considerável nas cotações dos fundos imobiliários.

Isso porque os juros futuros representam apenas um dos componentes que influenciam na movimentação dos preços dos FIIs.

Alguns FIIs acabam sofrendo ainda mais com fatores específicos do seu setor, como taxas de vacância em níveis elevados, como vem sendo visto nos fundos de escritório, por exemplo.

Apesar disso, em tese, uma queda dos juros futuros faz com que seja mais provável que as cotações dos FIIs voltem a subir, de modo que alguns fundos podem ter “reações” mais positivas do que outros.

Vale destacar que muitos FIIs estão bastante descontados de seu valor patrimonial, gerando boas oportunidades de compra aos investidores de longo prazo.

No entanto, o ideal é construir uma carteira de fundos imobiliários diversificada, mitigando os riscos para o investidor.