Obter uma estimativa de valor para poupar com o objetivo da aposentadoria é algo que requer paciência, planejamento e uma excelente disciplina.
Mas, como se descobre exatamente qual o valor mínimo e necessário para se aposentar?Não é muito fácil fazer esse balanço, porém, para a aposentadoria, existe uma forma de se planejar.
O termo aposentadoria refere-se ao afastamento remunerado que um trabalhador faz de suas atividades após cumprir com uma série de requisitos estabelecidos, a fim de que possa gozar dos benefícios de uma previdência social e/ou privada.
Assim, se você leitor, puder ignorar “o inacessível”, podemos chegar a um valor de aposentadoria perfeitamente razoável. Veja como.
Qual é o seu tempo de vida na aposentadoria?
Vamos começar estimando quantos anos viverá na aposentadoria.
Para isso, é interessante olhar para a expectativa de vida média de alguém da sua idade e sexo, considerando também as idades em que seus avós ou pais podem ter falecido.
Daí você pode ter uma ideia da sua própria vida.
Com isso, se você deseja se aposentar aos 60 anos e acha que vai viver até os 85, espera-se então viver na aposentadoria por cerca de 25 anos.
Deste modo, você poderia viver bem passando os 85 ou não, mas, por enquanto, você tem um objetivo para começar.
Qual é o seu salário de aposentadoria?
A próxima coisa que devemos estimar é quanto da renda de hoje é necessário para viver no amanhã.
De antemão, podemos dizer que no mínimo, deve-se planejar a necessidade de 80% de uma renda atual.
Uma regra geral ainda melhor é 85%. Pode também ser definido em 100%, almejando para um padrão mais alto de 120%
Contudo, vamos supor que atualmente você ganhe R$ 50.000 por ano. Mas, depois de criar um orçamento, percebeu que pode realmente viver com R$ 40.000, então define sua meta de aposentadoria em 80% de sua renda atual.
Como resultado, planejando se aposentar aos 60 anos e, com o histórico da família, você estima que provavelmente viverá até os 80 anos.
Logo, o cálculo mais simples será de R$ 40.000 x 20 anos = R$ 800.000. Mas, o que estamos buscando realmente é uma quantia que gere em juros anuais o dinheiro necessário para viver.
Nesse caso, se já tivesse os R$ 800.000 e investisse de modo que estivesse ganhando juros reais anuais de 5%, sua carteira poderia pagar R$ 40.000 por ano sem que você precisasse tocar no principal.
E isso nem mesmo considera inflação, impostos ou longos anos de mercados e seu desempenho.
Afinal, o desempenho do mercado e a inflação são apenas dois fatores que são complicados quando falamos dos cenários hipotéticos e realidade.
Podemos citar também o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Se o investidor receber o Seguro Social, isso ajudará a pagar as despesas mensais.
Diante disso, para compreender, se for necessário R$ 3.300 por mês para viver e o INSS pagar R$ 1.500 por mês, a quota será reduzida para R$ 1.800.
Isso reduziria pela metade o montante que precisaria economizar para viver na aposentadoria.
Mas, porém, todos nós sabemos que a questão da Segurança Social é bem complicada.
Complicações podem prejudicar as suposições da aposentadoria
Cuidados de saúde e problemas de saúde é o exemplo mais convencional.
Uma doença com risco de vida poderia rapidamente eliminar boa parte das economias.
Um mercado de ações volátil, altas taxas de imposto de renda ou de ganhos de capital e inflação desenfreada são outros riscos para a renda da aposentadoria.
Mas pensando pelo lado positivo, lembre-se de que os aposentados não recebem todas as suas economias de uma só vez.
O dinheiro deve continuar a trabalhar, ganhando juros e dividendos, mesmo quando começar a receber as distribuições.
Assim, se o investidor está economizando e investindo diligentemente boa parte de seus anos de trabalho, seu objetivo muito provavelmente será alcançado.
Para ser honesto, planejar uma aposentadoria as vezes parece inatingível, mas é uma realidade totalmente alcançável.