O FII Fazendeiro: Riza Terrax surge como forma de “plantar dinheiro na bolsa”
Nesses últimos dias, muito tem se falado do novo modelo de FII no mercado, através do fundo que está sendo intitulado como “O FII fazendeiro”.
Destinado a investidores em geral, o Fundo Imobiliário Riza Terrax chegou apresentando uma nova proposta aos investidores da indústria imobiliária brasileira.
Seu objetivo, já muito comum em fundos de outros países, traz a oportunidade também para o Brasil de um investidor com pouco recurso, obter terras rurais destinadas à produção agropecuária em seu portfólio.
O Terrax chega com a proposta de investir através da aquisição, venda e arrendamento de imóveis rurais destinados à produção de grãos e fibras, cana, pecuária ou atividade de produção agrícola em geral.
Sabemos que há muito tempo a agropecuária desempenha um papel muito relevante no cenário da economia nacional que, além disso, foi uma das primeiras atividades econômicas a serem desenvolvidas no país.
Portanto, buscando entender os impactos desse novo segmento no mercado de FIIs, procuramos alguns analistas e especialistas do mercado no intuito de saber quais são suas perspectivas para o novo modelo proposto. No entanto, todos falaram que estão ainda em período de silêncio e estudando o projeto e julgaram melhor não opinarem por enquanto.
Para critério de conhecimento, a produção no espaço rural é composta basicamente pela agropecuária, expressão usada para apelidar de forma agrupada a “agricultura e a pecuária”.
Primeira emissão de cotas do FII Riza Terrax
A constituição do fundo foi aprovada em 11 de dezembro/19 com o nome Aquiles BP Fundo de Investimento Imobiliário. Posteriormente, em 10 de agosto/20 foi aprovado algumas alterações no regulamento e os termos de condição da 1ª emissão e da oferta. Em 20 de agosto, foi celebrado a alteração para Fundo de Investimento Imobiliário Riza Terrax, por meio do qual o administrador aprovou a versão atualizada.
Com isso, seu administrador Plural S.A. Banco Múltiplo e gestor Riza Gestora de Recursos anunciaram sua primeira emissão no montante inicial de R$ 750 milhões ao preço de R$ 100,00 por cota, podendo ser aumentado ou diminuído em virtude do lote adicional, ou distribuição parcial.
Riza Terrax: dados da oferta
- Montante mínimo da oferta: R$300 milhões, correspondente a 3 milhões de cotas.
- Lote adicional: o fundo poderá optar por e aumentar em até 20% a quantidade das cotas originalmente ofertadas, ou seja, até 1.500.000 cotas (+ R$ 150 milhões).
- Aplicação mínima por investidor: serão 250 cotas, totalizando R$ 25 mil.
- Aplicação máxima por investidor individual (não institucional): serão 10.000 cotas, totalizando R$ 1 milhão. Para investidores institucionais não há limite máximo.
- Como participar da oferta? (período de reserva): os investidores poderão fazer suas reservas entre os dias 14 e 28 de setembro/20. Se informe em sua corretora.
Cronograma estimado das etapas da oferta
Terrax: rendimentos e custos para cotistas
No lado dos custos, a taxa de adminstração do Riza Terrax será de 1,25% ao ano, com mínimo mensal de R$ 22 mil, atualizado anualmente pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). A taxa engloba os serviços de administração, gestão, controladoria e escrituração de cotas.
Além disso, a gestão receberá como taxa de performance, 20% do valor distribuído aos cotistas e já deduzidos todos os encargos do fundo, do que exceder 100% do CDI, mais 2% ao ano.
Nos rendimentos, caso o fundo tenha obtido resultado positivo, este será distribuído aos cotistas, mensalmente, no 5º dia útil do mês subsequente ao do recebimento dos recursos. (mínimo de 95% com base no balanço semestral).
A indústria imobiliária brasileira, portanto, deve ter seu primeiro FII de terras agrícolas listado em bolsa quando o Terrax estrear na B3. Será uma oportunidade de investir em terras, de forma líquida, e virar um “investidor fazendeiro”.
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