Fundo de papel não é feito para valorizar
Os fundos imobiliários de papel são aqueles que investem majoritariamente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que são títulos de renda fixa
Ao aprendermos sobre fundos imobiliários, é comum ouvirmos que eles pagam uma renda mensal – assemelhando-se a aluguéis – e que tendem a se valorizar ao longo do tempo. Essa afirmação é verdadeira quando se trata de fundos de tijolo, mas com os fundos de papel a situação é um pouco diferente. Os fundos imobiliários de papel são aqueles que investem majoritariamente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que são títulos de renda fixa. Em outras palavras, eles não investem em imóveis que tenham potencial de valorização.
Assim como outros títulos de renda fixa, os CRIs podem sofrer oscilações de valor, dependendo da curva de juros ou da marcação a mercado, que são métodos para reavaliar o preço de ativos de renda fixa. No entanto, diferentemente dos fundos de tijolo, a tendência nos fundos de papel é manter o valor patrimonial constante. Além disso, como os fundos de papel distribuem todos os lucros e correções monetárias de suas operações, não há acúmulo no valor patrimonial para aumentá-lo no longo prazo.
Fundos de papel X fundos de tijolo
Novamente, podem haver oscilações no curto prazo, porém a tendência é manter um valor patrimonial constante em um horizonte temporal maior. Portanto, é importante entender os fundos de papel como grandes distribuidores de renda. Não é por acaso que eles costumam pagar nominalmente mais que os fundos de tijolo. Contudo, distribuir mais rendimentos não significa necessariamente que os fundos de papel sejam mais rentáveis que os de tijolo.
Se avaliarmos o retorno total (rendimentos +valorização), perceberemos que a comparação se torna mais equilibrada, pois há fundos de tijolo e de papel com retornos bastante atrativos.