SNAG11 supera os 5 maiores Fiagros em retorno total ao investidor
Fiagro mostra resultado de +25% e supera principais concorrentes na composição entre valor da cota e dividendo mensal
Em meio à incerteza que rondou o mercado de Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) nas últimas semanas, com temor de queda na safra agrícola e inadimplência de alguns CRAs, o SNAG11 se mantém como opção para o investidor que deseja explorar o mercado do agronegócio.
Dados da Economática apontam que, desde seu lançamento, em agosto de 2022, o fundo SNAG11 conseguiu obter um retorno total de 25% para seu investidor, considerando a soma de dividendos distribuídos e ganho de capital a partir da valorização das cotas.
Esse valor fica acima dos resultados obtidos por outros Fiagros em destaque no mercado, como o KNCA11, que está com total return de 24% no mesmo período, e o RURA11, com 20%.
Fiagro | Retorno | Patrimônio Líquido |
SNAG11 | 25% | R$ 502,8 milhões |
KNCA11 | 24% | R$ 2,2 bilhões |
RURA11 | 20% | R$ 1,6 bilhão |
FGAA11 | 13% | R$ 432,2 milhões |
XPCA11 | 13% | R$ 461,9 milhões |
RZAG11 | 11% | R$ 645,2 milhões |
CPTR11 | 10% | R$ 405,5 milhões |
VGIA11 | 5% | R$ 828,9 milhões |
VCRA11 | -7% | R$ 474,7 milhões |
Média | 13% | – |
Dividendos do SNAG11
Na última sexta-feira, a gestão do Fiagro SNAG11 anunciou o pagamento de dividendos de março, no valor de R$ 0,105 por cota. O pagamento será feito no dia 25 de março, aos cotistas que estiverem posicionados em cotas do fundo até o fim do pregão da próxima sexta-feira (15).
No cálculo a partir do valor-base de R$ 10,08, os dividendos de R$ 0,105 por cota resultam num dividend yield mensal de 1,04%, acima da média de investimentos de renda fixa, por exemplo. Vale lembrar que os dividendos de Fiagros, assim como no caso dos Fundos Imobiliários (FIIs), são isentos do Imposto de Renda.
SNAG11: destaques da gestão
O mercado de Fiagros atua predominantemente com compra e venda de Certificados de Recebíveis Agrícolas, os chamados CRAs, que são títulos de renda fixa emitidos por empresas do agronegócio, desde produtores diretos até comerciantes de insumos e sementes. À medida que seus negócios vão sendo realizados, essas empresas vão quitando os títulos, o que resulta em rendimentos para os credores.
No caso do SNAG11, a gestão optou por realizar algumas operações pulverizadas em que as CRAs estão lastreadas a clientes de empresas que negociam insumos, como a Boa Safra (SOJA3). Assim, o produtor tem seu CPF ligado à operação, e, quando faz o pagamento, ele imediatamente é encaminhado ao credor do título. “As operações nesse formato aumentam a diversificação da carteira e reduzem o risco de inadimplência. Hoje, a carteira do SNAG11 tem 100% de adimplência”, explica Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.
Amanda Coura, diretora da Suno Asset, destaca que, como investimento de renda variável, o SNAG11 está mais exposto a riscos do que um investimento de renda fixa, mas que a gestão atua de forma ativa para buscar as melhores opções para os cotistas.
“Ficamos de olho no mercado e estamos prontos para mitigar qualquer evento prejudicial que possa vir a acontecer. Hoje trabalhamos com uma carteira diversificada, com fundos de liquidez como garantia para eventuais não pagamentos, e isso traz segurança para o cotista”, destaca a gestora.
Em seu último relatório, o SNAG11 reportou um patrimônio líquido de R$ 502,8 milhões, com uma carteira formada por 8 ativos e 61 devedores, com spread médio de CDI+3,57% e IPCA+8%