AAZQ11 recupera valor das cotas após tombo de 18,10%; entenda o caso
O Fiagro AAZQ11, gerido pela AZ Quest, voltou a subir na bolsa após acumular um tombo de 18,10% nos últimos dois dias. No fechamento do pregão desta sexta-feira (14), o fundo registrou alta de 5,39%, com negociação a R$ 7,43, chegando a alcançar o valor máximo de R$ 7,48.
Com os ganhos registrados hoje, o AAZQ11 conseguiu reduzir suas perdas do último mês para 15,66%. No acumulado do ano, a queda está em 16,61%. Apenas nesta semana, o fundo teve uma desvalorização de 10,70%. No pregão desta sexta, o fundo teve mais de 463 mil cotas negociadas, ante uma média diário de 100 mil cotas vendidas no mês de maio.
Desde a semana anterior, o Fiagro da AZ Quest tem enfrentado pressão devido a uma onda de vendas, após notícias ligadas a uma operação da Polícia Federal (PF) denominada “Greenwashing”, que afetou indiretamente o fundo.
A Polícia Federal deflagrou uma operação com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa suspeita de vender cerca de R$ 180 milhões em créditos de carbono de áreas da União invadidas ilegalmente. O foco da operação é a adulteração criminosa de registros públicos, envolvendo a empresa Stoppe Ltda.
O AZ Quest Sole basicamente investe no Fiagro Caetê, com exposição a um certificado de recebíveis do agronegócio (CRA) emitido pela empresa citada.
Em comunicado ao mercado, a gestora disse que, com a remarcação de 50,00% do patrimônio líquido do FIDC, a estimativa é de um impacto de R$ 0,015 ao mês nos dividendos do AAZQ11.
Porém, a gestora reforçou que a operação de CRAs tem garantias nos créditos de carbono, além de imóveis, quotas de sociedades e avais pessoais, que poderão ser executadas para resguardar os interesses dos seus cotistas.
Quem é o Fiagro AAZQ11?
O fundo gerido pela AZ Quest é um dos maiores pagadores de rendimentos entre seus pares. Referente aos resultados de maio, o fundo pagou hoje (14) R$ 0,11 por cota, o equivalente a um dividend yield de 16,06% anualizado.
O AAZQ11 é um Fiagro com patrimônio líquido de R$ 226 milhões, sendo que cerca de 64% desse valor é investido em Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRAs) e 34% em cotas de FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios).