Lajes corporativas têm redução de vacância em SP, diz estudo da Colliers
Lajes corporativas registram maior ocupação e cenário volta a se aproximar do patamar de antes da pandemia de covid-19.
O mercado de lajes corporativas em São Paulo registrou queda em seu nível de vacância no segundo trimestre, de acordo com pesquisa apresentada pela Colliers, empresa especializada em serviços imobiliários e administração de investimentos.
O índice ao fim do trimestre nas regiões Nova Faria Lima, JK e Pinheiros caiu abaixo de 10% devido ao número de 81 mil metros quadrados de novos aluguéis, ante a devolução de 24 mil metros quadrados. Esse número inclui todas as classes de imóveis, tanto de propriedade de fundos imobiliários como de outros agentes do mercado.
Durante os meses de abril a junho de 2024, de acordo com o levantamento da Colliers, os setores de aviação, publicidade e tecnologia foram os principais novos locatários da cidade. Além disso, São Paulo também registrou a entrega de 3 novos empreendimentos, dois localizados na avenida Rebouças e um na Vila Olímpia.
“O primeiro semestre de 2024 representou um marco para o mercado de escritórios corporativos em São Paulo, por várias razões. Em especial, destacamos as locações de grande porte, principalmente nos setores financeiro, publicidade e tecnologia. Outro ponto que merece atenção é que o volume de área locada e devolvida está em linha com a média histórica anterior a 2020”, destacou Paula Casarini, CEO da Colliers.
A referência é importante porque o setor de lajes corporativas foi o mais afetado pela pandemia de covid-19 dentro do mercado imobiliário, devido à adoção de políticas de isolamento e à expansão do modelo de home office, que agora começa a ficar em segundo plano na estratégia de muitas empresas.
Os FIIs de lajes corporativas também sofreram,e até hoje registram o maior desconto do setor, sendo negociados a uma relação P/VP média em torno de 0,70x, ou seja, com preços de mercado equivalentes a 70% do valor patrimonial.
Lajes corporativas: mais detalhes da pesquisa
Nove regiões de São Paulo registraram valores mensais acima de R$ 100 por metro quadrado para empreendimentos de classe A+ e A. As regiões com os preços mais altos são Itaim Bibi, Nova Faria Lima e JK.
“Observamos um aumento nos preços dos imóveis pedidos por diversos proprietários, sobretudo em regiões com baixa taxa de vacância. Não há dúvidas de que o mercado está aquecido.”, analisa a CEO Casarini,
A pesquisa ainda mostra que são aguardados mais de 100 mil metros quadrados de novos empreendimentos de lajes corporativas, de todas as classes. As regiões que devem receber os imóveis de alto padrão construtivo são Barra Funda, Chácara Santo Antônio, Itaim Bibi, Paulista, Pinheiros e Rebouças.