Queda das bolsas e FIIs: o que o investidor deve fazer?
A queda das bolsas verificada nesta segunda-feira (5) também atingiu o IFIX, principal índice do mercado de fundos imobiliários, que chegou a cair quase 1% na abertura do pregão, chegando à mínima de 3.336,77 pontos, às 10h45.
Depois, o índice de FIIs teve uma leve recuperação, e às 14h30 operava ao redor dos 3.350 pontos – ainda assim em queda em relação ao fechamento de sexta-feira, em 3.368,97 pontos. A maioria dos ativos do IFIX opera em patamar negativo, mas alguns fundos apresentam variação positiva nas cotações.
Esse tipo de movimentação abrupta sempre assusta os investidores, especialmente os iniciantes e com menor conhecimento das práticas do mercado: o que fazer com seus ativos? Vale a pena vender, mesmo em baixa, antes que o prejuízo fique pior, ou melhor esperar.
No caso dos FIIs, a melhor opção é esperar e agir com cautela, evitando fugir de sua estratégia de investimentos, especialmente por se tratar de uma crise majoritariamente provocada por fatores externos, iniciada nesta madrugada com a queda acentuada no índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, que chegou a entrar em circuit breaker – quando o pregão é interrompido por queda acima de 10%.
“Nessas ocasiões, os investidores buscam ativos ‘menos arriscados’ para fugir da volatilidade gerada, o que, por consequência, abre oportunidades para aqueles com foco de investimentos alongado”, aponta Pedro Dafico, analista de fundos imobiliários da Suno.
Queda das bolsas e FIIs: “Foco nos fundamentos”, avisa especialista
O IFIX fechou o mês de julho em alta de 0,52% e acumulava crescimento de 0,12% nas primeiras sessões de agosto, ainda num realinhamento de expectativas após a reunião do Copom, na semana passada, que manteve a Selic em 10,5% pelo segundo encontro consecutivo.
Por isso, Dafico recomenda que o investidor mantenha sua estratégia atual. “É preciso ter foco nos fundamentos dos ativos investidos. Se não houve alteração nesses fundamentos, não há nada a ser feito”, aponta o especialista da Suno.
Ele lembra, ainda, que momentos de desvalorização do mercado e queda das bolsas podem representar boas oportunidades de rendimento com ganho de capital que podem ser exploradas com cuidado e parcimônia. “Não sabemos o andamento desse cenário, isto é, se novas oportunidades ainda melhores poderão aparecer”, conclui Pedro Dafico.