Galpões logísticos têm vacância mínima na série histórica, diz Binswanger

Mercado de galpões logístico vive momento positivo em levantamento de empresa de inteligência do mercado imobiliário.

Galpões logísticos têm vacância mínima na série histórica, diz Binswanger
Mercado de galpões logísticos segue aquecido - Foto: Freepik

O segmento de galpões logísticos e industriais fechou o terceiro trimestre de 2024 com a menor taxa de vacância da série histórica, tanto no Brasil, de 8,4%, como no Estado de São Paulo, com 8,3%. Os resultados foram puxados pela ampliação da demanda de empresas dos setores de e-commerce e de transporte e logística, além de uma entrega abaixo do esperado de novos estoques.

O levantamento foi realizado pela área de Inteligência de Mercado da consultoria imobiliária Binswanger Brazil, e considera empreendimentos com perfis A+ e A, os mais valorizados no segmento.

Ao fim de setembro, de acordo com a empresa, o estoque brasileiro de galpões era de 21,038 milhões de metros quadrados, ante os 20,768 milhões do segundo trimestre, um aumento de 1,30%.

A absorção líquida no período de julho a setembro foi de 536.140 metros quadrados, considerando uma absorção bruta de 814.063 metros quadrados e a devolução de 277.923 metros quadrados, menor nível desde o terceiro trimestre de 2022, segundo a empresa. Como comparativo, no fim de junho o índice de vacância era de 9,8% no mercado nacional.

No acumulado do ano, desde janeiro, a absorção líquida de condomínios logísticos e industriais chegou a 1.465.680 metros quadrados, próxima à projeção conservadora da Binswanger para todo o ano, que era de 1.500.000 metros quadrados. A consultoria mantém a projeção otimista, de 1.725.000 metros quadrados para o fechamento de 2024.

Galpões logísticos: resultados de São Paulo

No Estado de São Paulo, o centro de maior importância para o mercado logístico no Brasil, a absorção bruta somou 448.319 metros quadrados, enquanto a líquida ficou em 202.317 metros quadrados no trimestre entre julho e setembro, com a entrega de 5.000 metros quadrados em novos espaços.

No raio de 30 quilômetros de São Paulo, o chamado “last mile”, a parcela de espaços vagos em relação ao total ficou em 7,2%. Esse mercado é um dos mais valorizados, porque considera galpões usados pelas empresas como o último estágio de operação antes da entrega de um produto ao cliente.

Outro destaque do levantamento foi que, pela primeira vez, os preços médios pedidos por metro quadrado locado de galpões logísticos superaram o valor de R$ 26, alcançando R$ 26,35. Amazonas, Bahia, Ceará, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo registraram aumento dos valores pedidos, enquanto Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais e Paraná tiveram reduções.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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