Fundo imobiliário arrecada R$ 150 milhões e compra ativo que “vale bilhões”

O BGRB11, após oferta de cota, comprou 13,6% de ativo avaliado em 2,6 bilhões de reais. Entenda a operação.

Fundo imobiliário arrecada R$ 150 milhões e compra ativo que “vale bilhões”
fundo imobiliário BGRB11. Foto Freepik

O fundo imobiliário BGRB11, gerido pela BGR Asset, anunciou o encerramento de sua oferta primária de cotas. A emissão, que disponibilizou 1.500.400 cotas ao preço de R$ 100,00 cada, arrecadou um total de R$ 150.040.000,00. Com os recursos gerados, o fundo adquiriu uma participação de 13,6% do icônico Edifício Birmann 32, localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, avaliado em R$ 2,6 bilhões.

A transação foi realizada por R$ 340 milhões de reais. Além da oferta primária do BGRB11, o fundo captou recursos através da emissão de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Com os recursos levantados, a gestora pré-pagou parte da dívida, resultando em uma estrutura financeira com 55% de dívida e 45% de equity. 

O CEO da BGR Asset, Martín Jaco, destacou ao Brazil Journal que essa compra foi estratégica em um cenário em que os preços de imóveis de alta qualidade continuam a se valorizar. 

Com a expectativa de compressão nos cap rates e a recuperação do mercado de escritórios em São Paulo, a aquisição do ativo apresenta potencial de valorização significativo no longo prazo. 

Saiba mais sobre o ativo adquirido pelo fundo imobiliário

O Edifício Birmann 32 é plenamente ocupado e conta com uma diversificação de locatários. O ativo possui uma torre de escritórios de 24 andares, um teatro com capacidade para 500 pessoas, além de um espaço de eventos, restaurante e café. 

O imóvel assegura uma receita diversificada e estável. Além disso, ele possui certificação LEED Platinum, que reconhece sua eficiência energética e sustentabilidade, atributos cada vez mais valorizados no mercado atual.

No prospecto da oferta, a gestora do fundo imobiliário BGRB11 disse que o mercado de escritórios em São Paulo tem demonstrado uma recuperação significativa, com aumento na taxa de ocupação e previsão de crescimento nos valores de aluguel, os quais atualmente estão 30% abaixo do pico de mercado. 

A BGR considera que, diante da limitação de novos estoques e da baixa vacância nas áreas consolidadas, há um potencial claro para ganhos de capital em lajes corporativas.

Além do fundo imobiliário BGRB11, o gestora também é responsável pela gestão do BROF11 e do BETW11, ambos do setor de escritórios. 

Quer construir uma carteira de Fiis alinhada com os seus objetivos? Clique aqui e fale agora mesmo com um especialista.
foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

últimas notícias