Depois do IPO da Bovespa (atual B3), o mercado de corretoras foi aberto a competição, e com a disseminação dos homebrokers, quem quisesse sobreviver no mercado iria precisar oferecer um produto bom e barato, como em qualquer outro mercado competitivo.
As corretoras antigas e de gestão familiar perderam espaço para organizações mais voltadas a resultados e com presença digital.
Isso fez com tivéssemos corretoras mais eficientes, e essa eficiência foi repassada para o consumidor, no caso os investidores, através de menores taxas.
Hoje em dia, a competição e a eficiência estão reduzindo os custos de corretagem no Brasil de maneira impressionante, e quem se beneficia desse movimento somos nós, investidores e, por consequência, consumidores desse tipo de serviço (e há quem se diz contra o livre mercado).
Pelo que observamos em relação ao mercado, percebemos que existe uma movimentação por parte da maioria das corretoras para que o valor da corretagem caminhe para ZERO ao longo do tempo.
Não é apenas uma corretora que está liderando este movimento, são várias.
O que começou com um movimento específico de uma corretora para fundos imobiliários (corretagem zero para Fiis) está sendo estendido para ações.
Obviamente, os custos de emolumentos da B3 vão continuar, até porque é um monopólio, ao contrário do mercado de corretagem.
Afinal de contas, corretagem a custo zero é bom?
Sem dúvidas!
Mas um cuidado deve ser tomado: evite o giro excessivo da carteira.
Se formos analisar o perfil dos investidores de sucesso, como Warren Buffett, veremos que não são investidores que giram excessivamente sua carteira: são pessoas que analisam muito e negociam pouco.
É preciso ponderar, diante disso, que a partir do momento que o custo de corretagem vai a zero, existe o risco da proliferação da cultura do giro de carteira.
Esta cultura já existe, é verdade, mas pode se disseminar ainda mais.
Por que as pessoas compram imóveis e não os compram e vendem, como muitos fazem com os fundos imobiliários e as ações?
Um dos motivos é a menor liquidez.
Outro motivo é que os custos de transação são maiores quando somamos corretagem e impostos de transferência do bem.
Será que ao eliminar o custo de corretagem, não vamos ver uma proliferação ainda maior da cultura do giro da carteira?
Esperamos que não, mas essas são cenas dos próximos capítulos… Até lá, seguiremos fazendo a nossa parte por aqui.
A nossa orientação é que você, como investidor, busque custos menores, mas não fique comprando e vendendo recorrentemente só porque os custos de negociação são baixos.
Se você deseja saber quais corretoras já aderiram ao movimento de taxa zero para corretagem em fundos imobiliários, veja este post que fizemos nos nosso Instagram sobre algumas delas.
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