Se você está começando a estudar a respeito dos fundos imobiliários, é muito provável que você tenha interesse na comparação entre o investimento em imóveis e nos Fiis.
Isso faz total sentido, haja vista que, muito por conta do nosso fatídico passado recente, no qual o fantasma da inflação se mostrava numa condição totalmente inimaginável para quem nasceu na década de 90 em diante, investir em imóveis se mostrou uma das maneiras mais tradicionais de se proteger o patrimônio frente a um cenário de grandes incertezas.
Isto posto, muito por conta de o investimento em imóveis ser uma “herança” muito forte deixada pelos mais longevos, destacamos abaixo os principais pontos a serem considerados em relação ao investimento no mercado imobiliário via maneira tradicional ou fundos imobiliários:
Investimento tradicional em imóveis:
- Baixíssima liquidez: meses podem se passar para que uma operação seja finalizada;
- Ticket relativamente alto: Um imóvel para uma família de quatro pessoas e bem localizado não é acessível para boa parte da população devido aos elevados patamares de preços envolvidos;
- Altas taxas operacionais: Em boa parte das transações imobiliárias no mercado tradicional, o auxílio de corretores de imóveis se faz necessário. Isso significa maiores taxas na operação;
- Tributação nas transações: As pessoas físicas que recebem rendimentos de alugueis, devem recolher o imposto de renda utilizando o Carnê Leão, com uso da tabela progressiva. Além disso, ocorre também a tributação na venda de um imóvel próprio por uma pessoa física, na qual se incide a alíquota de 15% sobre o ganho de capital. O ganho de capital é a diferença entre o custo de aquisição de um imóvel e o valor de venda.
- Elevados custos de manutenção: Reformar um imóvel exige, além de muito trabalho, uma necessidade de capital bem intensa;
- Necessidade de lidar com inquilinos e questões burocráticas: Tratativas com inquilinos, renegociações de contratos e demais circunstâncias é de inteira responsabilidade do proprietário. Terceirizar o processo é possível, mas reduzem ainda mais as margens das operações;
Investimentos em Fiis:
- Zero burocracia nas operações: Por um aplicativo de celular é possível negociar dezenas de milhares de reais por dia em cotas de fundos imobiliários de maneira muito simples e prática;
- Ausência da necessidade de lidar diretamente com inquilinos: Os fundos imobiliários possuem gestões próprias e especializadas nas tratativas de negociações com os locatários dos seus imóveis. Os cotistas, portanto, não precisam se preocupar com essa tarefa;
- Renda mensal: Os fundos imobiliários precisam distribuir pelo menos 95% dos seus lucros regime caixa semestrais em forma de dividendos aos seus cotistas. A grande maioria dos Fiis, contudo, realiza esse pagamento de maneira mensal;
- Isenção de imposto de renda nos dividendos: Embora a venda de cotas de fundos imobiliários seja tributada em 20% em cima dos lucros da operação, os dividendos são isentos de tributação;
- Acessibilidade a ativos imobiliários de alto padrão: Através da compra de cotas de Fiis, qualquer indivíduo pode ser sócio de alguns dos maiores empreendimentos imobiliários do Brasil de maneira muito simples e prática;
Acima é possível se ter um comparativo entre essas duas modalidades de investimentos no mercado imobiliário.
Somos suspeitos a opinar, mas fica claro perceber qual das duas é a mais acessível e prática para o investidor comum pessoa física.
Vamos ainda mais além… O mercado de capitais – o ambiente que nos possibilita investir não só em Fiis, mas em diversos outros ativos – é, portanto, um dos veículos mais democráticos já desenvolvidos pela humanidade.
Discorda? Não deixe de nos responder expondo os seus argumentos…
Ficamos ansiosos para saber quais são eles!
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