Para quem investe em fundos imobiliários – e também os que ainda não investem, mas pretendem – estar antenado sobre os principais indicadores, não só dos Fiis, em si, mas de toda a dinâmica imobiliária das principais geografias do Brasil é muito importante.
São Paulo e Rio de Janeiro, como se sabe, são dois dos estados (e capitais) mais relevantes para o Brasil e para o continente, em termos econômicos e estratégicos.
Isto posto, no dia de ontem (10), a Cushman & Wakefield (empresa que fornece, dentre outras frentes de atuação, serviços de inteligência de mercado imobiliário e suporte em processos de tomada de decisão na ocupação imobiliária para os mais diversos setores, inclusive os que englobam o mercado de fundos imobiliários), publicou um artigo muito pertinente nesse sentido, intitulado “Mercado imobiliário dá sinais de retomada em São Paulo e no Rio”.
Segundo o estudo, em São Paulo o número de escritórios vagos de classes A e A+ caiu 1,4% em agosto, sendo esse um forte indicativo de que, aos poucos, o mercado de imóveis comerciais da capital paulista dá sinais de reaquecimento.
Com isso, a vacância da cidade encerrou o mês em 21,12%.
Ainda segundo a provedora de inteligência imobiliária, a recuperação começou no segundo trimestre de 2019, quando a maior cidade da América Latina atingiu o menor nível de vacância desde 2014.
“A expectativa é que o ritmo de entregas de novos edifícios desacelere nos próximos cinco anos, o que poderá pressionar a taxa de vacância ainda mais para baixo”, ressaltou trecho do artigo.
Foi destacado também, no mesmo documento informativo, que assim como em São Paulo, o mercado de escritórios classe A e A+ do Rio de Janeiro registrou queda de 2,11 pontos percentuais (p.p.) da vacância em agosto, em comparação ao mês anterior, registrando 37,2%.
É importante destacar aqui que, mesmo com essa relevante queda, vacância nesse mercado (escritórios classe A e A+) na cidade maravilhosa ainda continua bastante expressiva, conforme enfatizado no parágrafo acima.
Isso se deu, ainda segundo o artigo, após a ocupação do Port Corporate pelo Bradesco e do Vista Guanabara pela Amil, ambos na região do Porto Maravilha.
“Esse movimento de empresas migrarem de prédios mais antigos para edifícios mais novos sem terem de desembolsar mais por isso (conhecido como flight to price) tem sido fundamental para reduzir os espaços vagos de classes A e A+”, foi destacado.
A Cushman & Wakefield concluiu o seu artigo ressaltando que a diferença entre Rio e São Paulo está no valor negociado pelo metro quadrado, haja vista que, em São Paulo, o preço médio subiu R$ 0,57, para 89,38 reais, ao passo que no Rio de Janeiro, houve queda de 0,9%, para 96,54 reais.
Por fim, é importante mencionar que, juntamente com a Cushman & Wakefield, existem outras fontes de conteúdo gratuitas sobre o mercado imobiliário que consideramos ser de alta relevância para o investidor de fundos imobiliários.
Dentre elas, podemos citar aqui duas outras fontes desse tipo de assunto que são bastante competentes e eficazes:
- Revista e demais conteúdos gratuitos da Buildings;
- Relatórios de pesquisa, tendências e insights da JLL.
Certamente, acompanhando com recorrência as fontes de informações acima, o seu conhecimento sobre a indústria ganhará bastante expressividade.
Não tem como não aprender estudando esses materiais.
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