O termo retrofit e seu significado tem se tornado bem popular no vocabulário de muitos investidores.
Isso porque esse conceito se tornou referência para empreendimentos que precisam de reparos e reformas. Além disso, o retrofit traz benefícios a construções antigas, onde preserva toda sua cultura e evolução.
O retrofit tem um significado bem simples de entender. O termo vem da língua inglesa onde traduzido para o português seria algo como “atualizar o antigo”, como em uma reforma, mas não apenas no sentido de tornar o ambiente mais customizado e adaptado as suas atividades.
Ele também se trata de uma reconstrução ou restauração, para aperfeiçoar o ambiente sem perder sua essência, de forma a preservar sua história.
Retrofit – Onde surgiu
A prática do retrofit surgiu na Europa, devido à grande quantidade de construções históricas.
Logo depois migrou para os Estados Unidos.
Nestes países, a legislação rígida impede que prédios e construções antigas sejam derrubadas, pois entende-se que a arquitetura é uma parte importante da história e merece ser preservada.
Também, com a impossibilidade de derrubar uma construção antiga ou reformar profundamente nas suas estruturas, o retrofit tornou-se uma opção viável para fazer mudanças no imóvel deixando-o atualizado e novo.
Falando de um modo geral, geralmente a atualização de um prédio antigo é mais cara do que sua reforma convencional ou a derrubada do imóvel para a construção de um novo.
No entanto, quando bem planejada e executada, diminui os custos de manutenção, aumentando as opções de uso dos espaços e prolongando a vida útil do imóvel.
Com isso, um bom projeto de retrofit sempre busca conservar a história do prédio, através da preservação de suas características.
Exemplos de retrofit no Brasil
-
Edifício Martinelli – Centro – SP
Primeiro arranha-céu da cidade, construído em 1929. Um patrimônio histórico que atualmente sedia a Secretaria de Licenciamento.
Uma das exigências do retrofit era a preservação das fachadas e da volumetria do edifício.
No entanto, era necessário que ele se adequasse ao estilo de trabalho dos dias atuais, espaços integrados, climatização e estrutura de cabeamento.
-
Edifício Galeria – Centro – RJ
O Edifício Galeria, data dos anos 1930 e estimasse que no seu retrofit foram gastos cerca de R$ 200 milhões.
O prédio de nove pavimentos, foi totalmente reformado em relação às suas instalações elétricas, hidráulicas e de telecomunicações, visando a ser ocupado por grandes empresas.
Monumental, o Galeria tem a assinatura dos arquitetos à altura. Joseph Gire fez o projeto do Copacabana Palace, enquanto Prentice, o da Central do Brasil.
-
Glória 122 – Glória – RJ
O antigo prédio residencial da década de 1940, foi um dos maiores projetos de retrofit e restauro de Art Déco já feitos no Rio de Janeiro.
Com isso, de sua originalmente de prédio residencial, a adequação deu origem a uma torre comercial com escritórios para grandes empresas.
No entanto, o conjunto de edificações que deram origem ao novo projeto integram o “Guia da Arquitetura Art Déco no Rio de Janeiro”, de autoria do arquiteto Jorge Paul Czajkowski.
Retrofit – Conclusão
No Brasil, com a ampliação da preocupação com a defesa de áreas tombadas, aliada ao desenvolvimento das cidades, criou-se uma demanda para este tipo de solução.
Por isso, em conclusão, percebe-se que o retrofit deve buscar a eficiência, pois é mais difícil do que iniciar uma obra, em função das limitações físicas da antiga estrutura.