FIIs ou Ações Imóveis?

FIIs ou Ações Imóveis?

O texto abaixo foi mais uma contribuição gentilmente feita por Tiago Reis, fundador da Suno Research.

Reza a lenda que todo brasileiro entende um pouco de imóveis. O sonho da casa própria e da obtenção de renda passiva via aluguel está disseminado em nossa cultura e sociedade.

Creio que grande parte dessa característica seja uma herança histórica de nossa economia: o alto passado inflacionário. Historicamente, os imóveis físicos se valorizaram acima da inflação, sendo uma boa proteção contra o aumento generalizado dos preços.

Isso gerou um carinho especial por essa classe de ativos. Hoje, graças ao desenvolvimento de nosso mercado financeiro, todos nós podemos investir nos melhores players do setor imobiliário brasileiro por algumas centenas de reais.

Podemos investir no mercado imobiliário brasileiro através dos conhecidos Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) ou por ações de empresas cuja operações principais são relacionadas a setores de atividade imobiliária, como por exemplo construção civil, intermediação imobiliária e exploração de imóveis.

Isso me fez refletir e questionar: Quem, nos últimos anos, performou melhor, um investidor de ações cuja operações principais são diretamente relacionadas com o mercado imobiliário, como a LOGG3, CYRE3, IGTA3 e tantas outras, ou um investidor de FIIs?

Para responder essa pergunta, comparei os retornos do Índice Imobiliário (IMOB) – uma carteira teórica que mede o desempenho das ações de maior representatividade dos setores da atividade imobiliária – com o do IFIX.

O resultado foi o gráfico abaixo. Enquanto o IFIX performou cerca de 100% desde 2013, o IMOB performou aproximadamente 55%.

Fenômeno parecido ocorre nos Estados Unidos, onde, historicamente, os REITs (Real Estate Investment Trusts) performaram melhor do que as ações, como prova o gráfico abaixo. Neste caso, um investimento de US$ 100 – em 1989 – no índice FTSE Nareit All Equity REITs, teria se tornado aproximadamente US$ 1800. Do outro lado, um investimento com os mesmos US$ 100, também em 1989, no índice de ações S&P 500, teria se tornado aproximadamente US$ 1500.

O que podemos aprender com tudo isso? A importância de se estar exposto em ambas classes de ativos.

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    foto: Rafael Campagnaro
    Rafael Campagnaro

    Engenheiro mecânico por formação, estuda e investe no mercado de capitais desde 2016. Entusiasta do Value Investing, trabalha com produção de conteúdo informativo e educacional para o mercado financeiro desde que iniciou no universo das finanças. Acredita que o mercado de capitais é uma das alavancas que contribuem para o desenvolvimento da humanidade.

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