Existem diversos assuntos que deveríamos aprender a respeito na escola, desde a época em éramos crianças.
Podemos citar diversos deles aqui:
- Programação;
- Primeiros socorros;
- Oratória;
- Liderança;
- Direito do consumidor;
- Economia;
- Política;
Em nossa visão, esses são assuntos muitos mais práticos para a vida cotidiana de uma pessoa do que, por exemplo, decorar quais são os gases nobres da tabela periódica.
É obvio que aprender química, ou biologia, ou física moderna, tem a sua importância no desenvolvimento de um estudante.
Não estamos dizendo o contrário, apenas relatando nossa opinião sobre alguns assuntos práticos e que todo ser humano utiliza no seu dia a dia e que achamos que deveriam ser tratados com maior ênfase desde nossos primeiros anos de vida.
Voltando a nossa lista de “matérias” que deveriam ser ensinadas, propositalmente deixamos de citar uma das mais importantes delas e que possivelmente você deva ter sentido falta…
Educação Financeira
Isso deveria ser ensinado desde os primeiros contatos com a matemática básica de uma criança.
Como reflexo dessa irrealidade, por exemplo, muitas pessoas ainda acreditam estar fazendo um investimento ao adquirir um passivo.
O exemplo clássico disso é o sonho popular da casa própria.
Deixando de lado o apego emocional, é incompreensível como a grande parte da população ainda prefere adquirir dívidas de longuíssimo prazo no intuito de adquirirem um imóvel, em detrimento de alugar um espaço que atenda às suas necessidades momentâneas e investir a diferença dos aluguéis.
Além da facilidade e praticidade de mudança de domicílio, que acontece normalmente com todas as pessoas de acordo com as fases da vida, o montante investido ao final do prazo proposto em um financiamento seria suficiente para adquirir um imóvel a vista.
Ainda em relação a esse assunto, os fundos imobiliários cumprem um papel bastante eficiente para quem se identifica com essa estratégia de investimento, além de permitirem menos esforço administrativo e possibilitarem uma renda passiva atrativa para os seus investidores.
Dito isso, cabe aqui elencar alguns pontos comparativos entre o investimento direto em imóveis* e o investimentos em fundos imobiliários.
*considerando aqui literalmente o caráter de investir em imóveis, e não a aquisição para a moradia.
FIIs x Imóveis
Gestão: Enquanto os fundos imobiliários possuem uma gestão profissional, que visa extrair o maior valor do seu portfólio por meio da procura constante de inquilinos ou mesmo da reciclagem dos seus ativos, no investimento tradicional em imóveis, o seu proprietário, em geral, necessita dispor do seu tempo para a administração dos mesmos, ou seja, lidar com inquilinos e com os problemas burocráticos que normalmente surgem em situações dessa natureza é responsabilidade total do proprietário, a não ser que o mesmo contrate terceiros que cobram por esse tipo de serviço;
Simplicidade: Por meio do home broker, o investidor de fundos imobiliários consegue negociar as suas cotas sem se preocupar com burocracias e os cuidados que a compra e venda de imóveis demanda. Em contrapartida, no mercado tradicional, o investidor precisa se preocupar com questões cartoriais, como escrituras, certidões, contratos de locação, reforma, cobrança, etc…
Liquidez: As cotas dos fundos imobiliários são negociadas na bolsa de valores, tendo, a sua grande maioria, negociações sendo feitas na casa dos milhares de reais por dia, o que reduz o risco de o investidor não conseguir se desfazer dos ativos, caso assim deseje, além de ficar livre de complicações burocráticas. Já no investimento direto em imóveis, as transações dependem de diversas variáveis e dificuldades que tornam difícil a venda rápida de um imóvel, ou seja, a liquidez desse tipo de ativo é bastante baixa, a depender do momento econômico.
Risco: Normalmente, os fundos imobiliários investem em grandes empreendimentos, muitas vezes possuindo diversos inquilinos no seu portfólio, o que faz com que essa diversificação de locatários minimize os riscos de fortes oscilações na distribuição de seus rendimentos. Por outro lado, os investidores em imóveis tradicionais ficam mais expostos ao risco de vacância e/ou inadimplência, dado que, em um imóvel único, a sua geração de renda é binária (ou existe, ou não existe).
Vantagem fiscal: Nos fundos imobiliários, existe a isenção fiscal de Imposto de Renda sobre os rendimentos distribuídos pelo FII, o que aumenta o retorno do seu investimento. Já os alugueis provenientes dos imóveis de propriedade direta são tributados pelo Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).
Diversificação: Com aplicações de baixo valor, é possível que o investidor de FIIs já consiga acesso a diferentes tipos de imóveis em diversos setores (galpões logísticos e industriais, shoppings, lajes corporativas, hospitais, escolas, etc…). O imóvel tradicional, como bem se sabe, é um bem indivisível, sendo que, dessa maneira, é impossível se desfazer através da venda de apenas uma ou duas partes do mesmo.
Poderíamos, ainda, citar diversas outras diferenças entre o investimento direto em imóveis e o investimento em fundos imobiliários.
Contudo, os seis pontos acima citados já deixam claro as vantagens que os Fiis possuem na comparação acima mencionada.
Para aqueles que desejam aprender mais sobre esse tema, a leitura de bons livros sobre o assunto é uma boa alternativa. Existem, também, cursos online muito renomados voltados para o assunto.
No mais, seguiremos na nossa missão de levar essa mensagem ao maior número de pessoas possível.
Se a escola não cumpre o seu papel, cabe a nós, investidores de FIIs, fazermos isso bem feito.
Conte conosco!