Taxa de emissão é o nome de um valor que precisa ser pago quando se faz uma oferta de cotas de um fundo imobiliário. Essa taxa paga todos os custos associados a essa nova emissão.
Por isso, é fundamental que o investidor entenda o funcionamento de uma taxa de emissão para investir em um fundo imobiliário, além de saber avaliar quando uma taxa está muito alta ou quando está sendo cobrado um preço justo.
O que é taxa de emissão?
Um preço que precisa ser custeado para a oferta. É um preço cobrado para pagar as instituições envolvidas na oferta pública ou restrita.
Para entender o que é taxa de emissão, é possível citar um exemplo prático: quando o fundo realiza uma emissão, ele precisa contratar serviços – e isso traz gastos. Por isso, ele precisa tirar o dinheiro de algum lugar.
Nesse caso, ele cobra essa taxa. Alguns gastos são: taxa para a B3, taxa para a Anbima, gastos com publicidade, etc.
Os custos são diferentes se a oferta for pública ou restrita. Em primeiro lugar, como a oferta pública é mais complexa e demorada, ela precisa de custos maiores.
Na oferta restrita, por outro lado, há menos necessidade de custos, o que resulta numa taxa maior. Por isso, é preciso avaliar o quão cara ela será e se vale a pena o investimento.
Por fim, vale notar que o valor pago não entra pro caixa do fundo: é o valor unica e exclusivamente pra custear a oferta, não resultando em um dinheiro que pode trazer rentabilidade ao investidor.
Como funciona a taxa de emissão?
Existem dois métodos principais: primeiramente, há a possibilidade do investidor pagar a taxa da oferta no ato da subscrição.
Por outro lado, há a possibilidade do fundo arcar com os custos. O dinheiro total vai para o fundo, que paga depois da subscrição. No entanto, no fim das contas, o efeito prático é quase o mesmo, já que o dinheiro sai do bolso do investidor.
A diferença, no entanto, está no fato de que apenas quem comprou a cota paga pelo valor da taxa – ou seja, é um mecanismo mais justo do que a segunda possibilidade.
Se for uma oferta secundária pelo segundo método, o cotista do fundo poderá acabar pagando pela entrada de um novo investidor. Por isso é importante avaliar o direito de subscrição de um FII.
Entretanto, há ainda uma outra possibilidade muito rara: o gestor ou o administrador arcando com os seus custos. Esse caso quase não acontece, apenas de forma excepcional.
Ou seja: quem entende essas três possibilidades já consegue compreender como funciona a taxa de emissão. É um mecanismo que, apesar de simples, muitos investidores não sabem como funciona da maneira certa.
Para que servem as taxas de emissões?
A taxa de emissão tem muitas funções, como o pagamento da estruturação e distribuição da oferta, pagamento de assessoria legal, taxas de registro na CVM, taxas para a B3 (a bolsa de valores brasileira), taxas para a Anbima e outros custos, como publicidade.
Mas as maiores taxas são os custos de estruturação e coordenação, que correspondem a quase a oferta inteira. Ou seja, essa é a resposta quando se pergunta para que serve a taxa de emissão.
Quando um investidor participa de uma emissão, ele paga um valor de taxa junto com o valr a cota, como já foi falado. Essa taxa não vai para o investimento em FII.
Por exemplo: um fundo imobiliário possui uma cota no valor de R$100 e a sua taxa de emissão é R$3. O valor patrimonial do fundo, no fim, é R$100. Ou seja: esses R$3 não se transformam em dinheiro investido.
Como esses valores acabam diminuindo a rentabilidade do investimento em fundos imobiliários, é preciso que o investidor faça as contas e decida se vale a pena fazer essa alocação de capital. Isso é especialmente válido em emissões secundárias.
Por exemplo: talvez uma emissão secundária com taxa alta valha menos a pena do que comprar uma nova cota do fundo à mercado, pois o preço com a taxa pode ficar muito alto.
Por isso, é fundamental avaliar a taxa e ver se o valor cobrado está sendo justo ou se é algo muito elevado e pode dar menos lucratividade do que a compra feita diretamente no mercado.
Como avaliar a taxa de emissão de um FII?
Com a evolução e crescimento do mercado, em tese, as taxas ficarão proporcionalmente mais baratas. Isso porque a taxa não é fixa, mas proporcional ao investimento.
Por exemplo: a taxa de emissão de um FII não funciona com um valor fixo por cota, e sim funciona com uma taxa percentual em cima do valor captado.
A média de uma oferta pública de um fundo imobiliário costuma ser mais cara por conta das despesas, e sua taxa gira em torno de 3%.
Idealmente, esse valor poderia ser menor, mas essa é a taxa média praticada pelo mercado na atualidade. Mas há casos em que os valores ficam próximos de 1%, o que torna essas oportunidades muito atraentes.
No caso da oferta restrita, o padrão gira em torno dos 1%. No entanto, é possível ver taxas ainda menores do que 1%, o que as tornam mais interessantes do ponto de vista de gastos.
Para uma oferta ser interessante, o preço da cota deve ser menor do que o valor de mercado (para compensar comprar pela nova emissão), porém acima do valor patrimonial do fundo.
Entretanto, é preciso comparar o valor da cota a ser comprada na emissão subsequente e o valor patrimonial do fundo. Isso foge do comportamento que um investidor busca para investir em um FII.
Vale a pena ficar de olho nos preços durante a subscrição e, com isso, evitar adquirir a cota por um valor pouco atrativo, buscando uma taxa de emissão barata. Uma dica interessante é esperar os últimos dias para comprar.
Você ainda tem dúvidas sobre como funciona uma taxa de emissão? Comente abaixo para que possamos tirar os seus questionamentos.