KNCR11 e KNSC11 são os destaques do Bom Dia FIIs (03/11)
O IFIX, o principal índice de FIIs, fechou a última quinta-feira (3) em queda de 0,01%, terminando o dia em 2.989 pontos. No acumulado do mês de novembro e do ano de 2022, a variação do índice é de 0,09% e 6,55%, respectivamente.
Em resumo, o KNCR11 informou sobre seus dividendos do mês. Além disso, o fundo imobiliário KNSC11 também divulgou rendimentos menores, mas vê panorama para melhora na distribuição nos próximos meses.
Confira as principais notícias do mercado de FIIs:
KNCR11 reduz dividendos pela segunda vez seguida; gestora não explicou as razões
O fundo imobiliário KNCR11, gerido pela Kinea Investimentos, reduziu mais uma vez seus rendimentos. Pela segunda vez seguida, o fundo pagou menos novamente, embora seu dividend yield anualizado esteja em 11,90%. A gestora não explicou em relatório gerencial publicado na quinta-feira (3) as razões desta queda de dividendos.
A Kinea Investimentos disse que os dividendos do KNCR11 referentes a outubro serão de 1,10 por cota, cuja distribuição ocorrerá no dia 14 de novembro.
Esse valor representa uma rentabilidade equivalente a 104% da taxa DI, isenta do imposto de renda, considerando a cota média de ingresso de R$ 103,86. O fundo, que possui quase toda sua carteira em ativos atrelados ao CDI, não conseguiu manter seus rendimentos.
Na última reunião do Copom, o Banco Central optou por manter a taxa básica de juros no patamar atual de 13,75% ao ano. Os principais analistas e especialistas em macroeconomia projetam que as taxas de juros se manterão em dois dígitos até pelo menos o final de 2023.
Portanto, o nível atual da taxa Selic beneficia diretamente a rentabilidade do fundo, uma vez que a carteira do KNCR11 é majoritariamente pós-fixada.
Além disso, os rendimentos distribuídos no período também refletem o elevado percentual alocado da carteira do fundo em ativos indexados ao CDI, tendo sido realizados novos investimentos no mês utilizando-se de parte dos recursos captados pela emissão de cotas.
Ao fim de outubro, o KNCR11 apresentava alocação, em relação ao seu patrimônio, de
99,3% em CRI e 8,5% em caixa. Neste ponto, os recursos em reserva serão destinados a novas operações.
A parcela investida em CRIs em CDI corresponde a 98,4% do patrimônio líquido do KNCR11, remunerados a um yield médio de CDI + 2,33% a.a. e com prazo médio de 5,6 anos.
KNSC11 reduz dividendos, mas aumento da inflação retomará a distribuíção do FII
O fundo imobiliário KNSC11 informou que seus rendimentos caíram mais uma vez. A gestora do FII, a Kinea Investimentos, explicou que a deflação contribuiu com a queda na distribuição do fundo, que possui a maioria dos seus ativos de créditos atrelados ao IPCA. O fundo vê possibilidade de aumento da distribuição com o “retorno” da inflação.
Os dividendos do KNSC11, referentes a outubro, são de R$ 0,30 por cota e representam uma rentabilidade de 0,28%, equivalente a 28% do CDI e 33% do CDI considerando o gross-up do IR à alíquota de 15%.
O nível de dividendos atual, abaixo do histórico recente do fundo, é um reflexo direto da deflação registrada nos últimos meses, impactada por medidas pontuais do governo direcionadas à redução do aumento de preços generalizado na economia.
Como contraponto, a última projeção realizada para o IPCA de outubro, divulgada pela Anbima, já indicou uma variação positiva do indicador para 0,44%, sinalizando que o período deflacionário observado tende a não persistir além desta janela de curto prazo.
As expectativas de mercado para o IPCA projetado, fornecidas pelo Relatório Focus do
Banco Central referente ao dia 21 de outubro, são de 5,60% a.a. para 2022 e 4,94% a.a.
para 2023. Sendo assim, espera-se um cenário de inflação controlada, porém positiva para este e para o próximo ano.
Conforme informado nos relatórios anteriores, os CRI atrelados à inflação presentes na
carteira do Fundo refletem, aproximadamente, as variações do IPCA referentes aos dois
meses anteriores à apuração de resultados.
Esta dinâmica se repetirá em novembro e assim sucessivamente. Deste modo, as variações positivas projetadas para a inflação devem contribuir para uma elevação dos rendimentos distribuídos nos meses seguintes.