VINO11, CLIN11 e RCRB11 são destaques do Bom Dia FIIs (9/7)

VINO11 cai após relatório em que projeta dividendos menores do segundo semestre; RCRB11 ainda não repassou impacto do calote da WeWork.

VINO11, CLIN11 e RCRB11 são destaques do Bom Dia FIIs (9/7)
VINO11 é dono do Edifício OF585 - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários VINO11, CLIN11 e RCRB11 estão entre os destaques do mercado nesta terça-feira (9), feriado no Estado de São Paulo, mas com mercado de capitais aberto, um dia depois de o IFIX abrir a semana em alta e igualar o desempenho do mês de julho, revertendo a queda acentuada dos primeiros dias do mês.

O índice despencou após a informação de que o governo pretendia tributar FIIs e Fiagros como parte da regulamentação da reforma tributária. Mas, após pressão de setores econômicos ligados ao mercado imobiliário e ao agronegócio, a minuta do projeto de lei foi modificada, deixando apenas aos FIIs de tijolo a possibilidade de adotar o novo regime de tributação, quando for considerado conveniente pela gestão, do ponto de vista tributário.

De lá para cá, o IFIX reagiu, fechando nesta segunda-feira (8) em 3.347,36 pontos, 0,03 pontos acima do fechamento em 28 de junho. A partir de agora, o mercado espera retomar o processo de valorização iniciado no início do ano e interrompido nos últimos dois meses, agora com nova precificação a partir do ajuste das projeções de inflação e juros para o restante do ano.

Embora o cenário seja visto como pouco promissor para os fundos de tijolo, algumas gestoras seguem confiantes, projetando operações de compra e novas emissões de cotas. e o segmento de FIIs de papel se prepara para uma rentabilidade acima da projetada no começo do ano, especialmente aqueles com remuneração atrelada ao CDI, taxa que oscila paralelamente à Selic.

Confira as principais notícias do mercado:

VINO11 despenca após reduzir guidance de dividendos

O fundo imobiliário VINO11 liderou as quedas no pregão desta segunda-feira, caindo 5,60%, com fechamento em R$ 6,40; A cotação vinha oscilando desde o anúncio de inadimplência da WeWork, empresa de oferta de espaços de coworking que está devendo os aluguéis de maio a seis FIIs – no caso do FII VINO11, o impacto anunciado era de 5% da receita, ou R$ 0,005 por cota.

Mas a queda se acentuou mesmo após a divulgação do relatório gerencial de maio do fundo, feita na noite de sexta-feira (5). A gestão informa uma redução no guidance de dividendos para o segundo semestre, no intervalo entre R$ 0,045 e R$ 0,055. ante o valor de R$ 0,06 por cota dos últimos dois meses.

O fundo registrou ainda volume de negociações muito acima do normal, com 515.310 cotas negociadas e volume financeiro de R$ 3,364 milhões, mais que o quádruplo de seu volume médio diário de junho, de 116 mil cotas e R$ 837,4 mil.

CLIN11 aumenta dividendos em 5,26% 

O fundo imobiliário CLIN11 anunciou seus dividendos para o mês de julho. De acordo com comunicado publicado nesta segunda-feira (8), a distribuição será de R$ 1,00 por cota, ante o valor de R$ 0,95 distribuído em junho, uma alta de 5,26%.

Os dividendos do CLIN11 serão pagos no dia 15 de julho aos investidores comprados nesse fundo imobiliário até o final do pregão de ontem. O valor representa um dividend yield mensal de 1,04%, considerando o valor da cota de fechamento do último pregão de junho, em R$ 95,57.

RCRB11 amplia dividendos após calote da WeWork

O fundo imobiliário RCRB11 anunciou dividendos no patamar de R$ 0,99 por conta, aumento de 6,45% em relação ao valor de R$ 0,93 pago em junho. O pagamento será feito na próxima segunda-feira (15), de acordo com a posição dos investidores no encerramento do pregão de sexta-feira (5).

O anúncio surpreende porque o RCRB11 é um dos seis FIIs, assim como o VINO11, que relatou inadimplência de aluguéis devidos pela WeWork, com impacto de R$ 0,11 por cota – que, por enquanto, não foi repassado ao cotista.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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