BTCI11 paga maior valor de dividendos em 17 meses; saiba mais


O fundo imobiliário BTCI11 encerrou o mês de abril com um lucro de R$ 10,355 milhões, representando um crescimento de 6,97% em relação ao resultado de março, que foi de R$ 9,68 milhões. Este desempenho reflete a melhora na receita total do fundo, que atingiu R$ 11,237 milhões, enquanto suas despesas somaram apenas R$ 881 mil.
A distribuição de dividendos aos cotistas ficou em R$ 0,096 por cota, um valor que não era atingido havia 17 meses. Essa marca é considerada importante para o fundo, pois mostra uma recuperação na geração de rendimento para os investidores. Além disso, ao final de abril, o BTCI11 tinha uma reserva de R$ 0,109 por cota, disponível para futuras distribuições, reforçando sua política de manutenção de reservas financeiras.
No âmbito de investimentos de longo prazo, o desempenho do BTCI11 é superior ao CDI, com uma valorização acumulada de 36,9% de janeiro de 2023 a abril de 2025. Este resultado demonstra uma performance consistente, superando amplamente o índice de referencia, que foi de 25,8% no mesmo período.
Criado em maio de 2008, o FII BTCI11 tem como objetivo oferecer ganhos sustentáveis ao longo do tempo através de operações de crédito de baixo risco, com garantias atreladas ao mercado imobiliário. O fundo investe principalmente em créditos high grade, buscando segurança e estabilidade para o seu portfólio.
BTCI11: composição da carteira de ativos
A carteira do BTCI11 é altamente concentrada no setor logístico, que representa 47% dos ativos. Em seguida, aparecem os shoppings, com 22%, e o setor residencial, que soma 16%. Quanto aos indexadores, o principal é o IPCA, responsável por 72% da carteira, protegendo o fundo contra riscos inflacionários. O restante está exposto ao IGP-M e ao CDI, proporcionando alguma proteção contra variações de juros.
Geograficamente, a maior parte dos ativos, 69%, está localizada na região Sudeste, seguida por 16% no Sul e 15% no Nordeste, mostrando uma concentração regional relevante.
Na análise do cenário macroeconômico, a gestão do BTCI11 destaca que a inflação no Brasil permanece elevada, com os núcleos de serviços resistentes à tendência de desinflação. Essa situação, associada ao desalinhamento das expectativas em relação às metas inflacionárias, reforça a decisão do Banco Central de manter uma política monetária restritiva. Em sua última reunião, o Copom elevou a taxa Selic para 14,75%, sinalizando a intenção de mantê-la nesse patamar por um período maior até que haja um realinhamento das expectativas de inflação.