Crédito imobiliário: governo eleva teto do SFH e muda regra da poupança

Crédito imobiliário: governo eleva teto do SFH e muda regra da poupança
Crédito imobiliário: governo amplia limite e muda financiamento - Foto: Freepik

O governo anunciou, nesta sexta-feira (10), mudanças no sistema nacional de crédito imobiliário, com foco em ampliar a disponibilidade de financiamento habitacional e ajustar o uso da poupança. As medidas miram especialmente a classe média, elevando os tetos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e redesenhando o direcionamento dos recursos captados pelos bancos.

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O limite de imóveis enquadrados no SFH passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, atendendo famílias com renda acima de R$ 12 mil. Indivíduos que possuem saldo no FGTS também poderão utilizá-lo na compra do imóvel, reforçando a capacidade de entrada e a atratividade do crédito. Esse ajuste amplia o alcance do SFH e busca reequilibrar a demanda em um cenário de juros elevados.

A mudança central é a eliminação progressiva do direcionamento obrigatório dos recursos da poupança, hoje fixado em 65% para habitação. Atualmente, 20% ficam como depósito compulsório no Banco Central e apenas 15% são livres para operações mais rentáveis. Com a transição, a regulação será modernizada para otimizar o uso da poupança como fonte do crédito imobiliário.

Nos últimos anos, os financiamentos via SFH perderam espaço com as retiradas da caderneta de poupança, pressionadas pela Selic alta. Em 2023 e 2024, os saques líquidos somaram R$ 87,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, e, em 2025, já alcançam R$ 78,5 bilhões. Esse cenário favoreceu aplicações em papéis mais rentáveis.

Segundo o governo, “na medida em que mais valores são depositados em poupança, mais crédito será disponibilizado”. O total depositado na caderneta passará a balizar o montante que os bancos devem direcionar aos financiamentos, abrangendo SFH e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Essa integração pretende trazer previsibilidade e ampliar a oferta.

Crédito imobiliário: mais sobre o novo sistema

Quando o novo modelo estiver plenamente implementado, se uma instituição captar R$ 1 milhão no mercado e aplicar integralmente em habitação, poderá usar igual montante da poupança — de menor custo — para aplicações livres por período definido. Para preservar o caráter social, 80% dos financiamentos habitacionais seguirão as regras do SFH, com juros limitados a 12% ao ano.

As novas regras entram em transição até janeiro de 2027, quando passam a valer integralmente. Até lá, o depósito compulsório será reduzido para 15%, com 5% migrando ao novo regime. O objetivo é dar previsibilidade, estimular a concorrência e destravar o crédito imobiliário em um ambiente de funding mais flexível e eficiente.

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