Dividendos do SNAG11 levam rentabilidade de Fiagro a patamar 34% acima do CDI
Emissão de cotas do SNAG11 permitiu a alocação em ativos estratégicos e ampliou o spread, contribuindo para recorrência dos dividendos.
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
O SNAG11, Fiagro de crédito da Suno Asset, encerrou janeiro com um resultado final de R$ 8,2 milhões, segundo relatório gerencial divulgado nesta semana. O fundo fechou o mês com rentabilidade de 2,63%, considerando a valorização da cota e os dividendos distribuídos.
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Pelo segundo mês consecutivo, o SNAG11 anunciou a distribuição em R$ 0,11 por cota, o que representa um rendimento 34% superior ao de um investimento que paga 100% do CDI, considerando a tributação de 15%. O pagamento de fevereiro será na próxima terça-feira, dia 25.
Além disso, o fundo registrou uma valorização de 1,4% na cota, refletindo a recuperação gradual do preço no mercado secundário.
Janeiro também marcou o primeiro mês de receita consolidada após a conclusão da alocação da 4ª emissão de cotas, que destinou os recursos para a compra final de CRAs. Com um carrego médio da carteira mais alto e um cenário de Selic elevada, o fundo reafirma sua projeção de manter a distribuição de R$ 0,11 por cota no primeiro semestre.
A gestão do SNAG11 destacou ainda que o portfólio segue 100% adimplente e sem eventos de crédito, garantindo solidez e previsibilidade na geração de rendimentos. “Com um desempenho superior à média da indústria, o fundo se consolida como uma alternativa atrativa para investidores que buscam retornos consistentes no segmento”, pontua a equipe de gestão.
Dividendos do SNAG11: quais possíveis impactos da Selic?
O analista da Suno Asset João Franzin explica que o cenário de alta da Selic beneficia a rentabilidade do fundo. “Se a Selic atingir 14,5%, manteremos o rendimento de R$ 0,11 por cota. Caso ultrapasse esse patamar, podemos avaliar um aumento adicional. Por outro lado, com uma Selic abaixo de 14,5%, a distribuição poderá ser ajustada para baixo”, explica.
A quarta emissão de cotas do SNAG11 contribuiu para o aumento do patrimônio líquido do fundo e permitiu a alocação em ativos estratégicos, como o CRA de Cultura, com aportes que totalizam R$ 50 milhões.
Essa alocação ajudou a elevar o spread médio da carteira, resultando em uma rentabilidade total de CDI + 2,87%, enquanto a parcela de CRAs isoladamente rende CDI + 3,67%. Além disso, a valorização patrimonial foi beneficiada pelas marcação positiva de ativos no final de 2024.
“Na terceira emissão, a taxa de retorno dos ativos subiu de 3% para 3,47%. Atualmente, com as alocações concluídas na quarta emissão, essa taxa alcançou 3,67%. Esse avanço foi possível mesmo em um cenário desafiador para o setor agro, evidenciando a capacidade do fundo de aumentar a rentabilidade dos ativos sem comprometer a qualidade da carteira, que segue sem inadimplências”, diz Franzin.
SNAG11: saiba mais sobre o Fiagro
O SNAG11 tem um patrimônio líquido de R$ 622,49 milhões, alocado em 12 diferentes ativos.A principal dessas operações é um CRA pulverizado da Boa Safra, com lastro em recebíveis de mais de 50 clientes da empresa, cujo pagamento vai direto para o caixa do Fiagro.
A medida ajuda a aumentar a diversificação da carteira e reduzir o impacto de eventuais inadimplências, que, até agora, seguem sem ocorrer.
Para garantir a qualidade do crédito, a Suno Asset costurou acordos do SNAG11 acordos com a Serasa Experian, para monitoramento de todos os devedores, tanto pessoa física quanto pessoa jurídica. Essa e outras medidas contribuem para manter a recorrência do fundo na distribuição de dividendos.