SNID11: FI-Infra reporta retorno de 132% do CDI e DY mensal de 0,98%
O valor dos dividendos do SNID11 é o mesmo dos últimos três meses e representa um dividend yield mensal de 0,98%.
A carteira do SNID11, FI-Infra sob gestão da Suno Asset, rendeu R$ 0,13 em agosto, considerando os efeitos de marcação a mercado, derivativos (R$ 0,04) e carrego (R$ 0,09), segundo o relatório de agosto, divulgado nesta quinta-feira (19) pela gestora. Além disso, no mês anterior, houve o desdobramento de cotas do Fundo, na proporção 1:10.
Em setembro, referente ao resultado de agosto, o fundo irá distribuir R$ 0,10, mantendo o nível de distribuição dos últimos meses, equivalente a 109,1% do CDI do período ou 140,8% do CDI, considerando o gross-up, cálculo feito para colocar os ativos isentos de IR (Imposto de Renda) na mesma base de comparação de ativos não isentos.
O valor dos dividendos do SNID11 é o mesmo dos últimos três meses e representa um dividend yield mensal de 0,98% na comparação com o fechamento da cota em 30 de agosto, em R$ 10,20. Anualizado, o rendimento fica em 12,7%. Em relação ao guidance dos proventos, atualmente as bandas de distribuição se encontram entre R$ 0,09 e R$ 0,11.
No mês de julho, o FI-Infra da Suno Asset gerou de carrego o equivalente a 112,2% do CDI, mantendo sua rentabilidade relativa contra o CDI. “Para os próximos meses esperamos manter a rentabilidade relativa nesses patamares. O fundo segue com um retorno de 132% do CDI ou CDI+3,4%, quando considerado o gross-up, de forma líquida para o cotista”, afirma a gestora do SNID11.
Desde o seu início, o SNID11 teve um retorno total, considerando o reinvestimento dos rendimentos, de 25,3%, quando considerado o efeito do gross-up esse retorno significa uma rentabilidade de 32,7% de um produto tributado, sendo superior ao CDI (19,5%), IPCA + yield IMA-B (17,1%) e IDA-DI (24,0%).
Cotação SNID11
No mês de agosto, o Fundo teve um volume de negociação de R$ 5,55 mi, uma média diária de negociação de R$ 252 mil, a liquidez média voltou ao patamar de R$ 250 mil por dia.
FI-Infra SNID11: movimentação da carteira
Em agosto, o FI-Infra SNID11 realizou a compra de debêntures incentivadas da Brasil Tecnologia e Participações (TEPA12), em emissão primária, utilizando recursos do caixa excedente. Com essa aquisição, o fundo passou a contar com 37 debêntures de 31 emissores. O fundo alocou 2,1% de seu patrimônio líquido nesta debênture, com uma taxa de IPCA + 10,09%, convertida para CDI + 3,90% via DAP.
Além disso, alguns ativos da carteira do FI-Infra sofreram alterações de rating. A debênture ENAT33, da Enauta, teve um upgrade da S&P após sua fusão com a 3R, formando a Brava Energia. O rating passou de BBB+ para AA. A Cosan também teve sua nota elevada de BB+ para BBB+ devido a melhorias operacionais e reajustes tarifários. Por outro lado, algumas empresas do Grupo Simpar (Vamos, Movida e JSL) foram rebaixadas de AAA para AA+.
No geral, segundo a gestora, o fundo encerrou o mês com saldo positivo, aumentando a exposição em ativos de crédito com rating entre AAA e A+. Em preparação para o enquadramento na regra de 66% de exposição em ativos incentivados, a partir de setembro, foi realizada uma operação compromissada com custo de CDI + 0,50%, inferior ao rendimento das debêntures que o fundo pretende alocar.
Saiba mais sobre o fundo
Com patrimônio líquido de R$ 73,7 milhões, o equivalente a R$ 10,17 por cota, o FI-Infra SNID11 atua na comercialização de debêntures incentivadas, que são emitidas por empresas que atuam na área de desenvolvimento de infraestrutura e oferecem isenção de tributação em seus rendimentos e amortizações.
Assim, além da isenção de impostos sobre os dividendos para pessoas físicas, como acontece também com os fundos imobiliários (FIIs) e Fiagros, os FI-Infra, como o SNID11, também são livres de tributação no ganho de capital, ou seja, quando o investidor vende a cota com lucro em relação ao preço de compra.