Fiagro OIAG11 investe em CRI com CDI + 3,6%, mirando crédito pulverizado
O Fiagro OIAG11 reforçou sua carteira de crédito em novembro ao mesmo tempo em que entregou resultado contábil positivo aos cotistas. No mês, o fundo apurou lucro de R$ 1,18 milhão, o equivalente a R$ 0,131 por cota, e distribuiu R$ 0,120 por cota, mantendo uma reserva adicional de R$ 0,141 por cota para sustentar as próximas distribuições.
As principais movimentações do período estiveram concentradas em novas aquisições no segmento de crédito estruturado ligado ao agronegócio. O fundo investiu R$ 4 milhões em cotas mezanino do Ponto Rural Fiagro, operação com rentabilidade de CDI + 3,6% e vencimento em junho de 2026.
O veículo tem como lastro recebíveis pulverizados originados pelo Grupo Ponto Rural, distribuidor de insumos agrícolas com forte atuação no Paraná.
Além disso, o OIAG11 aportou R$ 1,9 milhão em cotas mezanino do fundo Fator Tarken, também lastreado em recebíveis pulverizados, originados por grandes indústrias do agronegócio brasileiro. A operação oferece retorno de CDI + 5% e conta com estrutura de subordinação, ampliando a proteção contra inadimplência e o potencial de retorno da carteira.
No lado das desmobilizações, o fundo realizou a venda do CRA Olfar, em uma operação de aproximadamente R$ 1,3 milhão, com pequeno ganho de capital de cerca de R$ 500.
Fiagro OIAG11: qual a estratégia de alocação?
Segundo a gestão, as movimentações estão alinhadas à estratégia do fundo, que prioriza ativos de curto prazo, risco pulverizado, estruturas robustas de mitigação de crédito e destinação ao financiamento de custeio no agronegócio. Ao fim de novembro, 92% do patrimônio líquido estava alocado em ativos-alvo, leve redução em relação aos 96,1% registrados no mês anterior.
A composição da carteira mostra predominância de cotas de fundos, que representam 51,9% do patrimônio, seguidas por CRAs (34,2%), CRIs (5,9%) e caixa (8%). O fundo encerrou o mês com cerca de R$ 7 milhões em caixa, recursos que devem ser direcionados para novos investimentos atualmente em análise.
Na composição das receitas do mês, 59,5% vieram de Fiagros, 39,9% de CRAs e CRIs e 0,6% de aplicações em renda fixa, alinhado ao perfil híbrido da estratégia adotada pelo Fiagro e a diversificação das fontes de geração de resultado.