Fiagros: SNFZ11 fica no top 5 em rentabilidade em outubro

A Suno Asset construiu uma reserva capaz de estabilizar o patamar de proventos do SNFZ11

Fiagros: SNFZ11 fica no top 5 em rentabilidade em outubro
SNFZ11. Foto: Pixabay

Em outubro, o SNFZ11 registrou rentabilidade de 0,15%, posicionando-se como a 5ª melhor performance entre os Fiagros em um cenário de volatilidade no mercado secundário, segundo relatório gerencial divulgado nesta semana. O desempenho foi impulsionado pela valorização de 7,5% no preço da soja, influenciada pela entressafra, menor oferta da commodity e fatores cambiais.

No período, o fundo manteve a distribuição de R$ 0,055 por cota, com um dividend yield anualizado de 6,79%, enquanto o resultado líquido foi de R$ 353.533,68, equivalente a R$ 0,057 por cota, aumentando a reserva de lucros.

Em relação aos ativos, a Fazenda Coliseu concluiu o plantio dos 430 hectares dentro da janela recomendada, após um atraso inicial causado pela escassez de chuvas.

Cotação SNFZ11

Gráfico gerado em: 19/11/2024
1 Ano

O modelo de arrendamento do fundo vincula os resultados ao preço da soja e à produtividade da fazenda, garantindo um mínimo de 60 sacas por hectare e uma participação de 25% sobre o excedente, o que pode ampliar os resultados caso a produção supere o patamar estabelecido.

Além disso, nos últimos dois meses, o CRA Jequitibá foi marcado a mercado, resultando em uma desvalorização na cota patrimonial. “A gestão está em diálogo com o administrador para esclarecer os critérios da marcação, ressaltando que a operação permanece estável, adimplente e sem alterações no nível de risco”, afirmou a Suno Asset no relatório.

No entanto, a gestora do SNFZ11 afirmou que essas variações não impactam o resultado distribuível do fundo.

Fiagros: SNFZ11 e a reserva que serve como “hedge”

O arrendamento, como no padrão do mercado, foi definido de acordo com a produtividade da fazenda e o preço da saca de soja, a partir da cotação de Canarana, município vizinho, mas que é atrelada ao mercado internacional.

Para reduzir o impacto de flutuações, especialmente as de menor valor, a Suno Asset aproveitou o momento de pré-listagem do fundo para construir uma reserva capaz de estabilizar o patamar de proventos.

“A ideia é que o investidor poderá acompanhar a volatilidade do preço do grão, mas com um hedge devidamente estruturado para contrapor variações”, afirmou a gestora no último relatório gerencial divulgado.

Fiagros: qual a tese de investimento do SNFZ11?

O SNFZ11 foi estruturado com o objetivo de equilibrar dois pilares estratégicos: a geração de rendimentos mensais e a valorização patrimonial. Embora a valorização de longo prazo das terras seja o foco principal da gestão, com a meta de gerar ganho de capital aos cotistas e superar o benchmark do fundo, o IPCA + Yield IMA-B, a distribuição regular e previsível também é uma prioridade.

A gestão do SNFZ11 adota uma abordagem fundamentada na baixa volatilidade dos ativos da carteira, buscando oferecer previsibilidade aos investidores, sem comprometer a estratégia de longo prazo voltada para o crescimento do patrimônio.

Embora o foco primordial do SNFZ11 seja a valorização dos imóveis para posterior revenda com lucro, a distribuição regular de dividendos foi uma maneira que a Suno Asset encontrou para manter o fundo atraente. “O mercado de Fiagros tem em alta conta a distribuição da renda passiva”, diz a gestora ao explicar a decisão.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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