Fiagros: SNFZ11 busca criar reserva de valor com valorização a partir da escassez

O CIO da Suno Asset comandou a primeira live mensal do SNFZ11, novo empreendimento da gestora no mercado de Fiagros.

Fiagros: SNFZ11 busca criar reserva de valor com valorização a partir da escassez
SNFZ11. Foto: Pixabay

O SNFZ11, mais recente empreendimento da Suno Asset no mercado de Fiagros, com foco na valorização de terras, busca criar uma reserva de valor a partir da escassez de espaços para plantio. A explicação foi dada pelo CIO da gestora, Vitor Duarte, na primeira live mensal realizada especificamente para falar sobre o trabalho do Suno Fazendas.

Segundo Duarte, as novas fronteiras agrícolas abertas no Cerrado provavelmente serão as últimas do agronegócio brasileiro, e falar de escassez de terras num país do tamanho do Brasil se explica diante da posição dos compradores de terras. “O nosso cliente, o comprador das commodities, que é majoritariamente estrangeiro, não quer a abertura de novas fronteiras”, afirmou Duarte.

Ele apontou que ainda existe espaço para converter pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis com maior rendimento, mas isso está com os dias contados. “O preço da terra tende a subir. Diferente do ouro, que é um ativo etéreo — um quilo de ouro hoje será o mesmo daqui a 10 anos —, a terra tem safra todo ano, e dependendo do local e da cultura, pode ter até duas ou três safras por ano”, explicou Duarte.

Fiagros: “Escolha dos ativos do SNFZ11 é de olho no macro e micro”

O CIO da Suno Asset destacou que a escolha dos ativos do Fiagro é feita com base em fatores macroeconômicos e microeconômicos. Um exemplo é a primeira aquisição do fundo, a fazenda Coliseu, em Gaúcha do Norte (MT), com mais de 800 hectares, dos quais 67,63% são destinados à lavoura, enquanto o restante permanece com vegetação nativa.

O lugar ainda carece de infraestrutura: o acesso à propriedade é feito por estradas de terra e o fornecimento de energia e irrigação ainda está em evolução. Isso se reflete no preço do terreno.

As terras em Gaúcha do Norte valem quase a metade do que as de Sorriso, um município com melhor infraestrutura. Mas, conforme as estradas e o fornecimento de energia forem melhorando, o valor dessa propriedade também aumentará”, comentou Duarte.

Ele acrescentou que o investimento no SNFZ11 é interessante porque a maior parte do retorno virá do ganho de capital, tanto na reavaliação das terras quanto em uma possível venda futura da fazenda.

Como funcionará a distribuição de dividendos do SNFZ11?

O SNFZ11 distribuirá 100% dos dividendos mensalmente. O valor pode variar de acordo com o preço da saca de soja. Por exemplo, se o preço da saca for R$ 116, R$ 136, R$ 156 ou R$ 176, a distribuição poderá ser de R$ 0,055, R$ 0,057, R$ 0,059 ou R$ 0,061, respectivamente.

Neste mês, com o preço em baixa, a distribuição ficou no patamar mínimo, de R$ 0,055 por cota, com Data Com nesta sexta-feira (13) e pagamento dos proventos no próximo dia 25. A receita é proveniente de Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRAs) emitidos pelo grupo Jequitibá Agro, que também é o arrendatário do imóvel e vai usar os recursos para investir em um novo sistema de irrigação na própria Fazenda Coliseu, permitindo o plantio efetivo de 449 hectares.

O CRA terá prazo de 15 anos, com remuneração mensal dos juros, à taxa de CDI + 4% ao ano, e a amortização do valor principal será paga em seis parcelas nos últimos três anos.

Duarte ressaltou que o fundo distribuirá o total do resultado, diferente de outros fundos que podem reter parte do lucro, isso para manter a atratividade e evitar quedas no valor de mercado da cota. A expectativa é que o SNFZ11 ofereça um dividend yield anual próximo a 7%.

Embora, no momento, o fundo esteja focado em um único ativo, a expectativa é que o SNFZ11 adquira novas propriedades no futuro, como o próprio nome “Suno Fazendas” sugere.

Por fim, Duarte reforçou que a maior parte do retorno para os investidores será gerada pela valorização do capital. Ele destacou que as terras no Centro-Oeste valorizaram, em média, 42% nos últimos 12 meses, o que reforça o otimismo em relação à tese de investimento. “Esse fundo de fazenda pode dobrar de preço em três anos. Será que um galpão logístico, que oferece um yield de 7% ao ano, dobraria de preço nesse mesmo período?”, concluiu.

Veja a primeira Live do SNFZ11

Ao ser questionado se o SNFZ11 pretende ir para outras regiões e culturas no futuro, Duarte diz que isso é algo pretendido pela gestão, principalmente com o objetivo de aumentar a diversificação geográfica, um dos fatores principais para o sucesso no mercado de Fiagros, seja de crédito, seja de terras.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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