Fiagros da Suno Asset: quais as diferenças entre o SNFZ11 e SNAG11?

Atualmente, a Suno Asset possui dois Fiagros em seu portfólio de fundos: o SNAG11 e o SNFZ11

Fiagros da Suno Asset: quais as diferenças entre o SNFZ11 e SNAG11?
Fiagros. Foto:Pexels.

A Suno Asset conta com dois Fiagros em seu portfólio de fundos, ambos listados na B3: o SNAG11 e o SNFZ11. Mas qual é a principal diferença entre eles? Embora ambos invistam no setor agropecuário, os dois investimentos têm focos distintos e podem aparecer de forma complementar nas carteiras dos investidores.

O SNAG11, um fundo já conhecido entre os investidores, é focado em operações de crédito, realizando empréstimos e recebendo juros, distribuindo esses rendimentos entre seus cotistas.

“Na prática, o SNAG11 investe principalmente em ativos de renda fixa, como títulos de crédito agro, oferecendo ao investidor uma fonte de retorno constante por meio dos juros recebidos dessas operações. Essa estratégia é voltada para quem busca previsibilidade e distribuição de rendimentos recorrentes”, comenta Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.

Por outro lado, o SNFZ11 é uma inovação no mercado de Fiagros por permitir ao pequeno investidor do varejo acessar o mercado de terras agrícolas. O fundo investe majoritariamente em propriedades rurais, oferecendo uma oportunidade de exposição a esse tipo de ativo, que historicamente tem se valorizado de forma significativa.

“Nos últimos anos, as terras tiveram uma grande valorização, impulsionada pela necessidade crescente de alimentos e pela limitação de novas áreas disponíveis para a agricultura. A estratégia do SNFZ11 é simples: com o aumento da demanda por alimentos e a melhora na produtividade agrícola, o valor das terras tende a seguir em alta”, comenta Duarte.

Tiago Reis, fundador do Grupo Suno, acrescenta que, ao longo dos últimos 50 anos, as propriedades rurais foram a classe de ativos que mais se valorizou no Brasil. “O SNFZ11 foi criado justamente para permitir que o investidor de varejo, a partir de apenas R$ 10,00, tenha acesso a esse mercado. Antes, esse tipo de investimento era restrito a investidores profissionais ou grandes investidores que compravam terras diretamente. Agora, com o SNFZ11, estamos democratizando esse acesso.”

Fiagros: de onde vem o ganho do SNFZ11?

A principal fonte de valorização do SNFZ11 está no preço das terras. Fora isso, parte do ganho vem do arrendamento das propriedades, proporcionando um dividend yield mensal, embora menor do que o de fundos focados em crédito.

“O grande potencial de ganho do SNFZ11 está na valorização das terras ao longo do tempo. Além disso, o fundo planeja expandir seu portfólio com novas propriedades, diversificando os investimentos em diferentes regiões e biomas do Brasil”, afirma Duarte.

A terra agrícola costuma ser negociada em sacas de soja por hectare. Por exemplo, a Suno comprou terras por 500 sacas de soja por hectare, enquanto em regiões próximas, como Sorriso, no Mato Grosso, o valor pode chegar a 1.000 ou 1.200 sacas por hectare.

Ao investir em melhorias, segundo Duarte, como a instalação de irrigação, a produtividade da terra aumenta, elevando seu valor, medido em sacas de soja, que é um ativo cotado em dólar. Assim, quando o dólar sobe, o valor da soja também tende a subir, o que impacta positivamente o preço da terra. Um exemplo claro foi durante a pandemia, quando o dólar e a soja dispararam, e o preço das terras agrícolas cresceu.

Com mais de 3 mil cotistas, o SNFZ11 já se tornou uma das opções mais populares para quem deseja investir em terras agrícolas. A primeira fazenda do fundo está localizada em Gaúcha do Norte, Mato Grosso, mas a equipe de gestão já planeja aumentar a exposição do fundo a outras regiões do país, ampliando as oportunidades para seus investidores.

SNAG11 e SNFZ11 juntos na carteira, vale a pena?

Vale a pena adicionar o fundo SNFZ11 ao portfólio já composto por SNAG11? Para Duarte, a resposta é clara: sim, vale. No entanto, ele destaca que a decisão depende do perfil e dos objetivos de cada investidor.

Segundo Duarte, investidores mais conservadores podem alocar cerca de 10% do valor investido em SNAG11 para o SNFZ11, enquanto aqueles dispostos a abrir mão de uma renda imediata em busca de ganhos de longo prazo podem aumentar essa participação.

Duarte conclui que, apesar das diferenças entre os Fiagros, ambos são complementares e podem coexistir de maneira estratégica no portfólio de um investidor em busca de diversificação. “Dependendo da estratégia, o percentual pode crescer para 20%, 30% ou até 50% em SNFZ11 e os outros 50% em SNAG11”, explica Duarte.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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