FII TOPP11 lucra R$ 4 mi e mantém foco em valorização de aluguéis


O fundo imobiliário (FII) TOPP11 registrou um resultado de R$ 4,02 milhões em maio. O mês foi marcado por estabilidade no portfólio, sem movimentações comerciais nos ativos já contratados.

A gestão manteve o foco na elevação do aluguel médio do portfólio, estratégia que vem sendo implementada de forma progressiva.
Segundo a gestão, as obras de fitout (personalização de interiores) seguem em andamento em diversos andares do Edifício Platinum, um dos ativos do portfólio. “Mesmo antes da conclusão, já há maior interesse por parte de potenciais locatários e negociações em andamento para ocupação dos espaços”, diz a RBR, gestora do FII.
Em relação ao valor a ser pago em abril de 2026, referente à aquisição de imóveis, a gestora reafirma que a obrigação não sofre reajuste até o vencimento e permite ao fundo receber os aluguéis integralmente durante esse período. O plano original previa uma nova emissão de cotas para levantar os recursos necessários, tanto para a quitação quanto para ampliar e diversificar o portfólio.
No entanto, o cenário atual de mercado de capitais desafiador, somado à desvalorização da cota no mercado secundário em relação ao valor patrimonial, inviabiliza a realização dessa emissão no curto prazo. Com isso, a gestora já trabalha em uma alternativa via emissão de CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) para viabilizar o pagamento da parcela em 2026.
CRI será estruturado com garantias e fluxo previsível
Segundo a gestora, o CRI teria como garantias ativos imobiliários de alta qualidade, além de contar com um fluxo de aluguéis recorrente e previsível. O LTV (Loan-to-Value) da operação será conservador, em torno de 30%, o que indica um nível de risco considerado baixo. A precificação dependerá especialmente do comportamento do juro real pago pelo Tesouro Nacional (NTN-B), referência para o mercado de crédito.
Dividendos do FII seguirão acima da rentabilidade até 2026
Até a quitação da aquisição em abril de 2026, o fundo seguirá distribuindo dividendos acima da rentabilidade da transação, devido ao parcelamento do pagamento. A partir desse ponto, caso não ocorra uma nova emissão de cotas, o nível de proventos será ajustado à rentabilidade do ativo adquirido.
O valor final dos dividendos do FII dependerá de variáveis como as condições do CRI, a taxa real de juros no país, a eventual valorização dos aluguéis, e até mesmo a possibilidade da RBR abrir mão da taxa de gestão, conforme destacou o relatório gerencial. A gestão afirma que trará mais informações assim que houver maior definição sobre os termos da operação.