Emissões de fundos imobiliários me diluem?

Imagine se tornar, aos poucos, um sócio minoritário com participação insignificante. Isso é possível nas emissões nos fundos imobiliários?

Emissões de fundos imobiliários me diluem?
IRDM11, KNCR11 e CPTS11 são os destaques do Bom Dia FIIs (14/09). Foto: Unsplash

Ninguém gosta de ser diluído. Imagine ser dono de uma empresa e, aos poucos, tornar-se um sócio minoritário com uma participação insignificante. Será que isso pode acontecer nos fundos imobiliários (FIIs), especificamente nas emissões de cotas?

Quando um fundo imobiliário quer crescer, ele precisa emitir novas cotas e vendê-las aos investidores. Ou seja, o FII deve permitir que mais pessoas se tornem cotistas e financiem diretamente seu crescimento.

No entanto, os fundos imobiliários costumam oferecer direitos de preferência a seus atuais cotistas para que eles possam aumentar sua participação antes de as novas cotas serem oferecidas ao mercado. Isso lhes permite manter suas participações relativas, ou até mesmo aumentá-las.

Então, se eu não participar de uma emissão, serei diluído? Teoricamente, sim. Mas, na prática, para o investidor comum, isso não faz diferença.

Vamos usar o HGLG11 como exemplo. Esse fundo dispõe de mais de 23 milhões de cotas. Assim, um investidor que tivesse 100 cotas – o equivalente a cerca de R$ 16 mil nos valores atuais – teria aproximadamente 0,0004% de participação no FII. Ou seja, trata-se de uma posição muito pequena.

Portanto, para o investidor comum que não participa de uma emissão, essa diluição de posição não tem importância significativa. Isso só seria preocupante para grandes investidores com participações majoritárias (e milionárias) ou acima de determinadas porcentagens (como 5% ou 25%), que lhes concedem alguns poderes dentro da estrutura do fundo. Este não é o caso dos investidores comuns.

“Mas e os meus rendimentos?”, você deve estar se perguntando. Essa é uma dúvida comum entre os investidores. Pois bem, a diluição de posição não tem nada a ver com seus rendimentos. Se o fundo pagava R$ 1 por cota antes, ele poderá continuar pagando o mesmo valor depois da emissão.

A grande questão diz respeito aos investimentos que o fundo fará com o dinheiro captado na emissão. Isso sim poderá afetar seus rendimentos – e podemos abordar esse assunto em uma edição futura do Fiikipedia

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