Painel no FIIs Experience debate fundos híbridos e sua busca por maior rentabilidade 

Debate no FIIs Experience questionou vantagens e desvantagens na construção de fundos de vários segmentos.

Painel no FIIs Experience debate fundos híbridos e sua busca por maior rentabilidade 
FIIs multiestratégia foram tema de debate no FIIs Experience

Os fundos imobiliários híbridos se tornaram uma opção para o investidor que deseja diversificar sua carteira e, assim, minimizar os riscos. Mas como fazer as melhores escolhas em cada segmento do mercado de FIIs e evitar a perda de rentabilidade? Esse dilema foi abordado em painel do FII Experience, evento organizado pela Suno na sede da B3, em São Paulo.

O tema “Híbridos e temáticos podem coexistir no mesmo ecossistema?” foi debatido pelo Head de FIIs do Credit Suisse Hedging-Griffo, Augusto Martins, e pelo Senior Managing Partner da Canuma Capital, Marcelo Vainstein. Pedro Dafico, analista de FIIs da Suno Research, mediou o encontro.

Martins destacou que sua equipe tem optado, dentro dos chamados “fundos de tijolo”, pelos investimentos monossetoriais. E cita um exemplo prático. “Durante a pandemia, o segmento de logística bombou, enquanto o de escritórios foi numa ponta contrária. Se eu tivesse um fundo híbrido a gente não aproveitaria as oportunidades que aproveitamos em logística”, diz.

Vainstein concordou com o comentário e lembrou que os ciclos de cada segmento não coincidem um com o outro e que isso cria um “desalinhamento” nos investimentos. “A cada ano as coisas mudam, então no monossetor você pode escolher melhor os ciclos, se você vai investir em algo no ciclo inicial, final ou intermediário”.

FIIs Experience: maior transparência é fundamental

A elaboração de relatórios cada vez mais detalhados é apontada por Vainstein como uma ferramenta eficaz para quem investir de forma monossetorial. “Fomos pioneiros em delimitar algumas informações novas no Fato Relevante, como as razões escolhidas para adquirir um ativo. Claro que, em uma ação estratégica, o relatório é mais complexo. Mas queremos deixar o mais transparente possível para o investidor”, explica o gestor do CCME11.

Augusto Martins frisa que é preciso deixar claro ao investidor que um fundo temático pode também buscar ativos variados sem, no entanto, se caracterizar como um fundo híbrido.

“À medida que você tem um ambiente líquido, tem a opção de comprar algo ilíquido. Mas o investidor compreende melhor a operação se tiver tudo no mesmo setor”. Ele também ponderou que é preciso ser coerente em cada passo. “O que eu estou propondo tem de ser depois a mesma coisa que estou realizando”.

Conflitos digitais também afetam segmento

Em um universo fortemente guiado pela internet, a ação de influenciadores digitais se tornou assunto também no painel sobre os fundos híbridos, depois de ser abordado na discussão sobre os fundos de papel

Vainstein admitiu que evita ler conteúdos de influenciadores. Eu tomo minha decisão baseada no que o meu time me diz que é preciso fazer. Nosso papel é fazer uma análise detalhada para chegar em um comitê e recomendar alguma coisa”.

Martins, ao contrário, afirma que consome alguns conteúdos para entender o meio, mas que separa o joio do trigo naquilo que ouve e lê. “Eu filtro o que preciso usar. Quem faz a roda girar é o investidor e é pra ele que eu presto contas”.

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