FIIs rumo ao primeiro milhão: setor é parte relevante em carteiras de elite
Mercado de FIIs cresce ao oferecer distribuição mensal de dividendos, isentos de tributação, e ajuda na construção de patrimônios robustos.
O mercado de fundos imobiliários (FIIs) tem a diversidade de perfis de investidores como característica: ao mesmo tempo em que oferece fácil acesso a alocações de pequeno porte, com cotas de fundos na faixa de R$ 10, também pode figurar em carteiras mais robustas e contribuir para quem está de olho em metas mais ousadas, como a obtenção do primeiro milhão.
É o caso da arquiteta Camila Almeida e do servidor público Felipe Palma. Juntos desde 2015 e casados desde 2018, os dois passaram por diversos momentos juntos na busca aos melhores investimentos, e, como a ajuda da consultoria financeira da Suno, chegaram ao patamar atual, em que devem alcançar a meta de R$ 1 milhão até o fim do ano.
Combinando perfis – ele mais ousado, ela mais conservadora -, o casal detém hoje uma carteira de investimentos que prima pela diversificação, na qual os fundos imobiliários são sua parte importante, com cerca de 25% do patrimônio e alocações recorrentes – inclusive aproveitando os momentos de baixa no mercado, como aconteceu recentemente, até a primeira quinzena de junho.
“Antes, a bolsa caía e a gente se desesperava, agora a gente sabe que é uma boa oportunidade para comprar mais. É óbvio para quem está nesse meio, mas no começo batia um desespero”, conta Camila.
Com a recorrência dos dividendos mensais, os FIIs são parte importante para quem busca uma construção de um patrimônio com metas viáveis de curto e médio prazo, outro aprendizado adquirido durante as sessões de consultoria.
“Antes o foco era obter R$ 100 mil, ter uma reserva de emergência. Agora queremos trocar de carro e chegar ao primeiro milhão e depois retomaremos a consultoria para pensar em como será quando tivermos filhos”, explica Felipe, sob o aval da companheira.
FIIs rumo ao milhão: vantagem tributária
A carteira de Camila e Felipe, segundo eles, hoje está dividida em quatro partes:
- 25% – FIIs;
- 25% – ações no Brasil;
- 25% – renda fixa;
- 25% – pulverizado em fundos de investimento, previdência privada e ações no exterior.
Dentro dessa diversificação, o mercado de FIIs oferece, ainda, uma vantagem tributária, presente também entre as ações: a isenção de tributação sobre os dividendos para pessoas físicas.
A diferença é que os dividendos de FIIs são isentos em todos os casos de fundos com mais de 100 cotistas, enquanto entre as ações há alguns setores que optam pela distribuição de proventos sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), que são tributados na fonte.
Outro fator de atratividade dos FIIs é que, enquanto as empresas fazem distribuições trimestrais, os principais fundos optam pelo pagamento mensal. Como resultado, o setor vem ampliando mensalmente sua base, que passou de 2,7 milhões de investidores no fim de junho, segundo a B3.