Novo fundo imobiliário de logística chega à B3 após captação bilionária

Fundo imobiliário MCLO11 tem gestão da JiveMauá, que já atua no mercado de FIIs de papel; quatro imóveis já estão em negociação.

Novo fundo imobiliário de logística chega à B3 após captação bilionária
Fundo imobiliário MCLO11 busca primeiras aquisições no setor - Foto: Freepik

Um novo fundo imobiliário do segmento de logística estreia na sexta-feira (16) no pregão de FIIs da B3: o MCLO11, ticker para o Mauá Logística, fundo com gestão da JiveMauá que captou R$ 1.246.428.600,00 em sua oferta pública inicial (IPO), o valor total projetado para a emissão.

Este é o primeiro FII tocado totalmente em tijolo da gestora, que surgiu da fusão da Jive Investments com a Mauá Capital e tem R$ 19 bilhões sob custódia. Desse valor, cerca de R$ 5 bilhões estão no segmento imobiliário, no qual a empresa já atua, com foco principalmente em ativos de crédito, com os fundos MCCI11, MCRE11 e MCCE11, este último negociado no mercado de balcão (Cetip). 

Brunno Bagnariolli, sócio e CIO da estratégia de imobiliário da JiveMauá, destacou a importância da captação conseguida pelo fundo num cenário desfavorável para os FIIs, com o IFIX em queda desde setembro.

“Um mercado de capitais eficiente é aquele que consegue levantar recursos para bons investimentos até nos momentos mais desafiadores. É comprar nos períodos de escassez e ter tempo para maturação dos investimentos para atingir os melhores retornos. Com esse resultado, a captação nos coloca em posição privilegiada para começar 2025 com o pé direito”, afirma o gestor. 

Fundo imobiliário MCLO11: pipeline de aquisições

O fundo imobiliário MCLO11 apontou, no prospecto da oferta, quatro ativos para sua primeira aquisição, sendo três em São Paulo, nas cidades de Jundiaí, Cajamar e Ribeirão Preto, e outro em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O lote tem cerca de 578 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) total.

O MCLO11 é dividido em um feeder para cota sênior, voltado ao público em geral, e uma outra subordinada, para os investidores institucionais e qualificados. A cota sênior tem como benchmark uma rentabilidade de IPCA mais 9% ao ano, dentro do prazo de cinco anos, também sendo negociada como cetipado, ou seja, em ambiente de balcão e não no pregão da B3.

A estruturação foi feita de acordo com prerrogativas da Resolução CVM 175, que permitiram segregar o risco/retorno e entregar o que cada investidor procura: aquele focado no varejo tem a opção da previsibilidade e o alongamento de duração numa taxa atrativa e isenta. Já para o de perfil arrojado, o fundo projeta alavancagem de retornos e possibilidade de ganhos de capital expressivos.

“Essa composição do ativo foi pensada para evitar a volatilidade da cota e do dividendo”, esclarece Guilherme de Luca, sócio e responsável pela área de relações com investidores (RI) dos fundos imobiliários da JiveMauá.

As cerca de 44,6 milhões de cotas subordinadas do fundo imobiliário MCLO11 começam a ser negociadas na B3 a partir do pregão de sexta-feira (17), com preço inicial de R$ 10, o mesmo cobrado na subscrição.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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