FIIs ou imóveis físicos: qual a melhor estratégia para alocar R$ 500 mil?
A decisão entre investir em fundos imobiliários ou adquirir imóveis físicos permanece como um tema central no planejamento de carteiras voltadas à geração de renda recorrente. Com R$ 500 mil disponíveis para investimento, a análise sobre diversificação, liquidez e eficiência tributária ganha relevância diante da Selic a 15% ao ano e das expectativas de flexibilização monetária para 2026.

O IFIX acumula forte alta no ano, reacendendo debates sobre valuation, ajustes de preço e posicionamento estratégico em ativos imobiliários listados. Paralelamente, o mercado de imóveis físicos apresenta dinâmica distinta, influenciada pela disponibilidade de crédito e pela tangibilidade do ativo.
A escolha entre as duas modalidades exige compreensão aprofundada sobre seus atributos operacionais, exposição à curva de juros e adequação ao perfil de risco de cada investidor qualificado.
Vantagens estruturais entre FIIs e imóveis
De acordo com Marcel Reis, consultor da Suno Consultoria, uma das principais vantagens de optar pelo investimento de renda variável é a diversificação alcançada pelos fundos imobiliários. “Com esse valor, você acessa diferentes segmentos ao mesmo tempo: logística, lajes, shoppings, papel, dentre outros”, diz ele.
A liquidez também diferencia os fundos imobiliários. Marcel destaca que é possível “desistir” do investimento e receber o valor de volta rapidamente. Além disso, ele cita a isenção do Imposto de Renda sobre os rendimentos.
“A isenção de Imposto de renda (IR) sobre os rendimentos distribuídos mensalmente também é uma excelente vantagem”, afirma. “Praticamente zero dor de cabeça operacional”, comenta Marcel ao mencionar que a gestão dos fundos assume responsabilidades como vacância, manutenção e inadimplência.
O principal trade-off reside na volatilidade de mercado. Marcel explica que os FIIs sofrem com a volatilidade, já que as cotas reagem ao humor dos juros e às notícias. Ele acrescenta que muitos investidores ainda valorizam a segurança psicológica do imóvel físico.
De acordo com o consultor, a curva de juros é praticamente o coração dos FIIs. Apesar da Selic a 15% ao ano e dos recordes do IFIX, Marcel aponta que existe espaço para valorização.
“Permanecemos em um cenário positivo para captura de valorização dos fundos: juros menores aumentam o valor presente do imóvel devido ao impacto sobre os fluxos de caixa futuro”, avalia. Sobre imóveis físicos, ele observa que o impacto dos juros é semelhante, mas mais lento.
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