Galpões logísticos: absorção líquida sobe 177% no segundo trimestre
Mercado de galpões logísticos: registrou 614 mil metros quadrados de saldo entre novas locações e devoluções entre abril e junho.
A absorção líquida de galpões logísticos no Brasil durante o segundo trimestre de 2024 chegou a 614 mil metros quadrados, uma alta de 177% em relação ao primeiro trimestre do ano, quando a diferença entre as novas locações e as devoluções ficou em 224 mil metros quadrados.
Os números são de em levantamento da Binswanger, consultoria especializada em inteligência e análise de dados do mercado imobiliário. No período, houve um acréscimo de 493 mil metros quadrados no estoque total de imóveis logísticos, chegando a 20,690 milhões de metros quadrados.
Mesmo diante de um universo maior, o índice de vacância caiu de 11% para 10,2%. A Binswanger estima a entrega de mais 1,91 milhão de metros quadrados até o fim de 2024, com manutenção da vacância no patamar de 10% a 11%.
Já o preço médio por metro quadrado locado caiu de R$ 25,49, no primeiro trimestre, para R$ 25,14, no período entre abril a junho, um recuo de 1,18%. Na avaliação da consultoria, a tendência para os preços pedidos de locação de galpões logísticos é de estabilização nos próximos meses.
Galpões logísticos: bens de consumo lideram aluguéis
Empresas de bens de consumo (varejo e e-commerce) lideraram as locações de espaços ao longo do segundo trimestre, segundo a Binswanger. Veja abaixo a lista:
- Bens de consumo – 219,02 mil metros quadrados
- Transporte e logística – 67,52 mil
- Vestuário e acessórios – 59,95 mil
- Farmacêutico – 46 mil
O Mercado Livre se destacou com dois novos aluguéis, em Guarulhos e Cajamar, ambos na região metropolitana de São Paulo, ampliando sua liderança no ranking de maiores inquilinos do setor de galpões logísticos, com mais de 1 milhão de metros quadrados ocupados. Outras transações de destaque foram realizadas pela Shopee, em Cajamar e em Duque de Caxias (RJ).
Entre as unidades federativas, São Paulo liderou as absorções líquidas, com 393 mil metros quadrados, seguido por Minas Gerais, com 141 mil metros quadrados, e Rio de Janeiro, com 41 mil metros quadrados.
No Rio Grande do Sul, que viveu durante o segundo trimestre uma tragédia climática, com várias cidades atingidas por enchentes, teve a taxa de vacância reduzida de 7,5%, no fim de março, para 1,4% no encerramento de junho, segundo a Binswanger.
Pernambuco, Distrito Federal, Ceará e Pará registraram absorções líquidas negativas de galpões logísticos, com as devoluções superando os novos aluguéis em 20 metros quadrados na soma das quatro unidades.