HGBS11 está 100% aberto, mas segue atento aos efeitos da pandemia
A Hedge Investiments, administrador do FII Hedge Brasil Shopping (HGBS11), divulgou ao mercado um relatório com os principais acontecimentos e resultados do fundo no mês de agosto/20.
Sobre o mercado de shoppings em geral, a Hedge apresentou alguns pontos importantes:
- Após mais de 5 meses desde que o primeiro shopping no Brasil teve de suspender suas atividades em função da pandemia, segundo informações da Abrasce, Associação Brasileira de Shopping Centers, o país voltou a apresentar 100% dos ativos com funcionamento permitido em 24 de agosto, ainda que em horários e fluxo de visitantes limitados.
- Foi observado também que alguns indicadores econômicos já estão contribuindo para uma tendência de melhora no setor ao longo dos próximos meses como, por exemplo, a confiança do consumidor.
- Para Hedge, estamos deixando o pior para trás, porém as incertezas remanescentes no curto prazo como uma possível segunda onda ou falta de perspectivas em uma vacina, mantém consumidores ainda cautelosos.
Em relação aos ativos do shopping, o documento informou que desde o dia 6 de agosto/20, todos os ativos estão funcionando, ainda que com restrições. Abaixo é possível observar o status de cada um dos ativos ao longo dos últimos meses.
Apesar de todos os shoppings já estarem abertos, a Hedge destacou 3 pontos relevantes:
- Além das restrições quanto aos horários de funcionamento e às operações de alimentação, os shoppings ainda apresentam limitações quanto ao funcionamento de atividades de lazer como cinemas, parque de diversões, exposições e eventos que historicamente contribuem significativamente para a atração de fluxo de visitantes.
- Ainda, alguns ativos, localizados em regiões com concentração de empreendimentos comerciais, estão mais expostos à redução de fluxo de pessoas em função da adoção do home-office por parte das empresas.
- O aumento de vacância que o setor como um todo pode sofrer nos próximos meses. Mesmo após a reabertura, a retomada pode ser lenta e corre-se o risco de que tais medidas sejam insuficientes para determinados lojistas.
No gráfico a seguir, o HGBS11 apresentou um estimativa da vacância potencial do seu portfólio, com base tanto no fechamento esperado de operações quanto novas comercializações para os próximos meses.
O cálculo não inclui os shoppings Via Parque, Floripa, Grand Plaza e Jardim Sul visto que o HGBS não tem acesso às informações.
Patrimônio do HGBS11
O patrimônio do FII Hedge Brasil Shopping está inserido em 16 shopping centers, distribuídos em 11 cidades e 5 estados. Dentre as localizações, a maior parte dos imóveis estão concentrados no estado de São Paulo.
Os empreendimentos, em conjunto, representam 87% da carteira, sendo 62% imóveis e 25% cotas de FIIs de shoppings. Os 13% restantes estão alocados em fundos de investimento imobiliário líquidos (cotas de FII), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), FIIs de CRI e outros ativos de renda fixa (RF).
Quanto aos rendimentos, será distribuído R$ 0,25 por cota (dividendo 0,11%, cota base R$212,00. O pagamento será realizado hoje, 15 de setembro/20, aos detentores de cotas em 31 de agosto.
No mercado secundário, o valor de mercado da cota fechou o mês a R$ 212,00 (+ 4,48% em relação a jul/20), o que representa um valor de mercado total de R$ 2,1 bilhões, posicionando o HGBS como o maior fundo imobiliário de portfólio de shopping center. O valor patrimonial da cota foi de R$ 227,48.
O HGBS11 é um fundo imobiliário do tipo tijolo focado em propriedades de shoppings centers. É destinado a investidores em geral, possui uma taxa de administração de 0,60% ao ano sobre seu valor de mercado e não é cobrado taxa de performance em seus resultados. Sua participação de 2,7% no índice IFIX o coloca entre os 10 FIIs mais negociados na B3.