Como investir R$ 100 mensais em FIIs? veja esta e outras estratégias para montar sua carteira

No YouTube do professor Marcos Baroni, Marcos Correa comentou sobre estratégias para investir em fundos imobiliários

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O especialista em investimentos Marcos Correa deu dicas valiosas para os investidores que querem começar a comprar fundos imobiliários (FIIs). No YouTube do professor Marcos Baroni, o especialista explicou que é possível iniciar mesmo com um valor mais baixo. 

Na avaliação de Correa, existem dois caminhos, que baseado no perfil do investidor – seguro, moderado e arrojado -, é possível optar pelo que faz mais sentido. 

“O primeiro é construir sua carteira como normalmente você construiria, selecionando a cada mês uma cota de fundos imobiliários no valor de R$ 100. O segundo é escolher um fundo que já é diversificado naturalmente, como são os fundo de fundos (fund of funds – FOF),  e você pode escolher um fundo multiestratégia, como são também os Hedge Funds”,  pontuou. 

“Sobre os setores, não tem um que é melhor começar do que o outro, você pode escolher qualquer setor para começar dado aqui desses dois caminhos. Talvez no segundo caminho você foca mais no Hedge Funds e fundos de fundos, mas, no geral, você pode escolher qualquer setor para você começar”, esclareceu. 

Diante disso, o profissional acrescentou que, conforme for aumentando a aposta, é possível comprar mais fundos por mês e expandir a carteira de investimentos. 

“A partir daí você decide também se quer permanecer com essa estratégia mais enxuta, que é com fundos de fundos, ou se deixa essa estratégia de lado e começa a comprar apenas fundos individuais, ativos específicos como fundos de tijolos, de papel, de logística e de shopping”, disse.

Além disso, Correa também deu outras quatro dicas para quem quer construir a carteira de investimentos em FIIs, confira: 

É aconselhável ter 50% do patrimônio de R$ 50 mil aplicado em FIIs?

Para isso, o especialista afirmou que o valor aplicado não importa, o que vai contar é a porcentagem. “A regra de ouro é você não ficar exageradamente exposto em um único ativo. Então, se você tivesse só um fundo imobiliário, você teria 50% do seu patrimônio em um fundo imobiliário. Isso é uma concentração muito grande e concentrações muito grandes podem apresentar riscos muito grandes também”, destacou.

Correa deu o exemplo que para o caso de 10 fundos imobiliários, com 50% do dinheiro nesse fundo, o investidor teria 5% do patrimônio em cada um desses fundos.

“5% já é uma porcentagem muito mais razoável de você dividir a sua carteira. Se quiser, você pode até aumentar um pouquinho mais para ficar mais próximo dos 3%, mas essa margem já é uma margem mais interessante”, ressaltou.

Deve-se esperar a Selic cair para comprar FIIs?

Por mais contraintuitivo que possa parecer, o especialista explicou que deve-se fazer o contrário. E mais do que isso, o profissional pontuou que deve-se observar a queda do juros futuros, que são marcados a mercado. 

“Com a queda dos juros futuros, eles são marcados a mercado para cima, então, os ativos valorizam, o valor patrimonial sobe e isso, de certa forma, faz com que eles valorizem também, como a maioria dos fundos de papel são – os CRIs são atrelados ao IPCA”, comentou. 

“A queda da Selic não vai influenciar diretamente no rendimento dos fundos de papel, então você esperar a Selic cair para comprar fundo de papel mais barato, não necessariamente será verdade”, disse.

No vídeo, Correa esclareceu que o indexador que poderia afetar seria o IPCA. Com a queda do IPCA, esse indicador faz com que os rendimentos dos fundos de papel também caiam.

Dessa forma, uma vez que o mercado acabe precificando as cotas, por conta dos rendimentos, pode ser que o investidor encontre outras opções de fundos mais baratos.

“Se a Selic cair e se os juros futuros caírem, não necessariamente vai ser uma oportunidade de compra barata de fundo de papel”, observou.

Qual a melhor estratégia para continuar comprando fundos imobiliários com os preços em alta?

Por fim, Correa destacou que é importante prestar atenção nas emissões, que quando ficam muito altas, os fundos tendem a ser negociados com o preço mais caro. 

“As emissões se provam como uma boa oportunidade de você comprar barato, além de obviamente financiar o crescimento do fundo. Então, não só olhem para o mercado, mas também olhem para as emissões”, destacou.

Com isso, o especialista explicou que o investidor deve avaliar o cenário macroeconômico e a performance do fundo atualmente. Independente se o fundo esteve mais barato no passado, o investimento ainda pode ser um excelente negócio. 

“Lembre-se que quando você está construindo uma carteira de investimentos, você tem um portfólio diversificado com fundos imobiliários e outras coisas e você vai sempre olhar a melhor oportunidade do momento. Analisando tudo que você tem na sua carteira, às vezes pode ser fundo imobiliário, às vezes não, às vezes pode ser outra coisa, então tenha isso em mente também”, aconselhou.

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foto: Vanessa Loiola
Vanessa Loiola

Jornalista formada pela PUC-SP e pós-graduanda em jornalismo de dados, automação e data storytelling pelo Insper. Possui experiência na cobertura das editorias de economia, finanças, bolsa de valores, política, setor elétrico, eletromobilidade e entretenimento.

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