SNFZ11: conheça a estratégia do novo Fiagro de terras da Suno Asset

Um novo Fiagro de terras se tornou o mais popular de sua categoria em 1 semana. Veja qual fundo e a sua estratégia atual.

SNFZ11: conheça a estratégia do novo Fiagro de terras da Suno Asset
SNFZ11: novo Fiagro de terras se torna o mais popular em 1 semana. Foto: Freepik

Com uma semana, o SNFZ11 se tornou o Fiagro de terras mais popular da Bolsa de Valores brasileira, com cerca de 10 vezes mais cotistas que o segundo colocado nessa categoria. Mas afinal, em quais ativos esse fundo pretende investir para potencialmente gerar ganho aos seus cotistas?

Para que os investidores possam entender melhor qual é a estratégia de investimento do Fiagro SNFZ11, Vitor Lopes Duarte, CIO e gestor de fundos na Suno Asset, falou um pouco mais sobre o tema em um bate-papo no canal de Tiago Reis, fundador do Grupo Suno.

O gestor conta que a estratégia principal do SNFZ11 consiste na compra e carrego de terras agrícolas para potencial valorização. Inicialmente, o Fiagro investiu em uma fazenda em Gaúcha do Norte (MT), por um valor equivalente a cerca de 500 sacas de soja por hectare. Em uma região próxima, em Sorriso (MT), o mercado está pagando de 1.000 a 1.200 sacas por hectare.

SNFZ11 explica sua estratégia atual

Duarte destaca a melhora recente na infraestrutura até Gaúcha do Norte, com o asfalto alcançando aos poucos o local (faltando 20 km para chegar até a cidade). Além disso, se observa uma melhora significativa na infraestrutura de energia local.

Outro fator importante é que o fundo SNFZ11 vem colocando irrigação nas terras daquela fazenda, o que gera potencial aumento de produtividade de soja, que pode sair de 60 para 80 sacas de soja por hectare. Esse fator também reduz os riscos de eventos climáticos.

“Com isso, a gente acredita que o mercado vai perceber valor dessa terra nos próximos anos, e isso pode levar a uma valorização da terra para o patamar citado anteriormente, de 1.000 a 1.200 sacas de soja por hectare”, destaca Duarte.

Por outro lado, como qualquer outro negócio, investir em fazendas também está sujeito a riscos que, no caso da agricultura, se trata principalmente dos riscos climáticos.

Vitor Duarte explica que o operador é quem mais sofre com o risco climático. Mas o dono da terra, que é o próprio fundo, também está sujeito a um risco climático em segunda ordem, já que recebe o arrendamento do local. Nesse caso, a irrigação realizada pode ser um dos fatores determinantes para diluir esses riscos.

“Claro que a gente sofre esse risco climático em segunda ordem, mesmo assim a gente se preocupa com esse risco e estamos colocando irrigação nessa terra, o que diminui a volatilidade e os riscos associados a oscilação da quantidade produzida por efeitos climáticos”, diz o gestor.

O Fiagro SNFZ11 vai expandir sua carteira para outras regiões?

Ao ser questionado se o Fiagro Suno Fazendas pretende ir para outras regiões e culturas no futuro, Vitor Duarte diz que isso é algo pretendido pela gestão, principalmente com o objetivo de aumentar a diversificação geográfica.

Atualmente, o operador que está na fazenda em Gaúcha do Norte produz soja, milho e ainda conta com uma terceira cultura que faz rodízio de feijão e de outros produtos. Assim, o especialista afirma que há possibilidade de explorar a região do Matopiba (que reúne áreas dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Minas Gerais, Goiás ou regiões mais ao sul do Brasil.

“A gente pretende diversificar. Cada oportunidade vai ser avaliada com muito cuidado, pois precisa ser realmente uma oportunidade de compra para ter potencial de valorização. A principal função do Suno Fazendas é ter terras e obter valorização com essas terras, não é só carregar, já que o arrendamento da Fazenda corresponde a um percentual baixo. Por isso, observar o potencial de retorno é uma das principais questões a serem avaliadas. É possível expandir o portfólio com muito cuidado e diligência, buscando rentabilidade e diversificação”, afirma.

Apesar de o SNFZ11 ser um fundo majoritariamente de terras, ele é um Fiagro híbrido. Por isso, sua carteira conta ainda com um CRA que rende CDI + 4%, com a união de duas fontes de renda, que permitirá a distribuição recorrente de dividendos aos cotistas.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado de ações, criptomoedas, fundos imobiliários e economia popular. Graduando em Engenharia Química pela Unesp, também já trabalhei como consultor financeiro.

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