‘Há muitos ruídos sobre os Fiagros, mas poucos estão com problemas’, diz gestora

Gestora do AAZQ11 comenta sobre riscos dos Fiagros, inadimplência dos fundos e retorno de 2023.

‘Há muitos ruídos sobre os Fiagros, mas poucos estão com problemas’, diz gestora
'Há muitos ruídos sobre os Fiagros; poucos estão com problemas', diz gestora. Imagem: iStock

Em relação aos riscos de inadimplência dos ativos dos Fiagros, Maria Tereza Vendramini, especialista em estruturação e originação de crédito da AZ Quest e uma das responsáveis pelo fundo AAZQ11, disse que a saúde financeira dos fundos não está em “xeque”.

Gestora do AAZQ11 comenta sobre riscos dos Fiagros, inadimplência dos fundos e retorno de 2023.

“Há muito barulho em relação aos devedores dos fiagros. Há apenas situações pontuais em relação à inadimplência dos CRAs”, comentou a especialista em entrevista ao Funds Explorer. 

Segundo monitoramento da AZ Quest, na indústria de Fiagro, existem apenas 9 ativos que possuem potencial de risco. Vendramini diz que isso representa menos 2,5% do patrimônio da indústria do Fiagro.

Os Fiagros investem na cadeia do agronegócio por meio dos ativos de crédito, como os certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs). As empresas do setor emitem dívidas para financiar suas operações por meio dos Fiagros. Justamente o pagamento dos juros desses ativos que remuneram os investidores dos fundos.  

E o AAZQ11, como está? Gestora responde

Em relação ao fiagro sob gestão da AZ Quest, o AAZQ11, a gestora garante que as empresas estão 100% adimplentes nos pagamentos dos juros. “Acompanhamos todas as questões de safra, e obviamente reforçamos o monitoramento de posições e em pipeline”, destaca Vendramini. 

Em sua visão, o grande diferencial do retorno do AAZQ11 é a originação própria de ativos. Ao invés de simplesmente comprar ativos do mercado secundário, a gestora faz a estruturação da dívida junto às empresas do agronegócio, capturando prêmios maiores. 

Como parte de sua estratégia, o AAZQ11 também investe em operações de carteiras pulverizadas de recebíveis. 

Só em 2023, foram mais de 100 milhões nesta estratégia com operações pré-fixadas. “O retorno foi de 23% no ano, sendo que todas elas foram liquidadas. Isso trouxe um ótimo resultado ao longo do ano para o nosso Fiagro”, comemora a gestora. 

Mesmo com a Selic em queda, Vendramini não vê prejuízos para os dividendos dos Fiagros. Ela ressalta que o AAZQ11 fechou 2023 pagando quase 16,70% ao ano. “É difícil olhar na indústria fundos com estratégias com um retorno neste patamar. No ano passado a Selic caiu 13,75% para hoje a 11,75% e conseguimos manter esses bons dividendos”, destaca.

Quer construir uma carteira de Fiis alinhada com os seus objetivos? Clique aqui e fale agora mesmo com um especialista.
foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

últimas notícias