SNAG11 lucra R$ 10,2 mi e mantém distribuição de 112% do CDI


O Fiagro SNAG11 registrou em abril um lucro de R$ 10,28 milhões, alta de 4,89% em relação a março, quando o resultado havia sido de R$ 9,80 milhões. A performance mensal foi positiva, com rentabilidade de 5,74%, considerando a valorização da cota e a distribuição de rendimentos.

O SNAG11 seguiu com sua política de distribuição, pagando R$ 0,11 por cota no mês — valor que representa 112% do CDI, ou 132% do CDI líquido de imposto de renda, considerando a alíquota mínima de 15%. A gestora pretende manter esse patamar de distribuição até o fim do primeiro semestre de 2025.
Segundo a gestão, a carteira segue saudável, sem eventos de crédito e com adimplência total. Em abril, o SNAG11 negociava a 0,95x o valor patrimonial, ainda com desconto, o que implica uma remuneração equivalente a CDI + 4,04% líquido de taxa de administração.
Operação com CRA Boa Safra é concluída
A revolvência do CRA Boa Safra foi concluída dentro dos parâmetros estabelecidos em contrato, demonstrando a robustez da estrutura e a eficácia na gestão dos ativos lastreados. A operação permitiu a substituição e inclusão de novos devedores, ampliando a base de cedentes de 57 para 88 produtores rurais.
Esse tipo de movimentação é comum em CRAs com lastro pulverizado, especialmente no setor do agronegócio, onde a dinâmica das safras exige flexibilidade.
A diversificação promovida por essa revolvência contribui para diluir riscos e manter a qualidade da carteira, sem comprometer os fluxos esperados ou a estratégia de originação.
SNAG11 se destaca em meio à cenário de turbulência
Mesmo diante de um cenário desafiador para o agronegócio nos últimos 18 meses, o fundo SNAG11, Fiagro administrado pela Suno Asset com foco em ativos de crédito, tem demonstrado consistência e se mantido resiliente.
Em abril, o fundo alcançou novamente sua máxima histórica ajustada, enquanto outros fundos do setor ainda tentam se recuperar dos efeitos adversos do mercado.
Em meio às dificuldades enfrentadas por produtores durante a seca no Centro-Oeste e com a instabilidade no crédito rural, o Fiagro SNAG11 conseguiu se destacar.
Diferentemente de muitos Fiagros que tiveram problemas com inadimplência em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Cédulas de Produto Rural (CPRs), especialmente os ligados a produtores de menor porte, o fundo da Suno não apresentou atrasos em sua carteira.
Segundo Vitor Duarte, diretor de investimentos da Suno Asset, o sucesso do fundo está diretamente ligado à estratégia de construção da carteira do SNAG11: “Montamos uma carteira com nomes sólidos, estrutura bem colateralizada e exposição controlada por cultura e região. Isso fez toda a diferença”.