VGHF11: lucro cai 16%, mas supera R$ 14 milhões e dividendos passam de 12% ao ano
VGHF11 apresentou queda de 16% no resultado líquido de julho, com lucro de R$ 14,117 milhões, contra R$ 16,979 milhões registrados em junho.
O fundo imobiliário VGHF11 apresentou uma queda de 16% no resultado líquido de julho, realizando um lucro de R$ 14,117 milhões, contra R$ 16,979 milhões registrados em junho. Durante esse período, as receitas totais atingiram R$ 15,842 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 1,724 milhão.
No mês, os cotistas receberam R$ 0,09 por cota em rendimentos, o que equivale a uma rentabilidade líquida anualizada de 12,1% sobre a cota patrimonial ao final de junho. Na análise dos últimos 12 meses, a distribuição total de dividendos acumulados atingiu R$ 1,08 por cota, representando um retorno líquido de aproximadamente 13,3% ao ano, ou IPCA + 7,6% ao ano, considerando a inflação acumulada.
O patrimônio líquido do VGHF11 sofreu uma retração de cerca de R$ 0,07 por cota no mês. Essa queda está relacionada à performance negativa tanto do índice de fundos imobiliários (IFIX), que caiu 1,35%, quanto dos CRIs indexados ao IPCA, afetados pela elevação das taxas das NTN-B.
Durante julho, o fundo realizou um movimento relevante ao realizar um aporte de R$ 52,5 milhões em cotas do FII Valora FOF, por meio da integralização de ativos previamente já presentes na carteira. Essa operação ocorreu a preços de mercado e sem impacto financeiro imediato. O objetivo do VGHF11 é investir em cotas de fundos imobiliários com uso de alavancagem, buscando ganho de capital no médio e longo prazo.
A estratégia de gestão também inclui investimentos em outros fundos sob administração da mesma entidade, prática que, segundo a gestora, não implica cobrança de taxas de gestão, minimizando possíveis conflitos de interesse. O foco é criar um veículo mais exposto ao mercado, com potencial de valorização futura.
VGHF11 informa atualizações da carteira de ativos
No mês, a carteira denominada de Valor adquiriu R$ 45 milhões em ativos, incluindo R$ 10,9 milhões em cotas de FIIs e R$ 34,1 milhões em participações em SPEs de empreendimentos residenciais em São Paulo. Como resultado, essa carteira passou a representar 43,5% dos ativos-alvo do fundo, ante 40,9% em junho.
Por outro lado, a carteira Renda vendeu R$ 27,2 milhões em CRIs e FIIs, reduzindo sua participação para 56,5% dos ativos-alvo, contra 59,1% do mês anterior. Entre os ativos de crédito, permanecem pendências de inadimplência, principalmente nos CRIs Selina, que continuam sem pagamento desde fevereiro, além da alienação dos terrenos ligados ao CRI Guaicurus, que depende de procedimentos jurídicos.
O VGHF11 encerrou o período com aproximadamente 105% de seu patrimônio líquido investido em ativos. Ao todo, há 148 ativos distintos, totalizando R$ 1,468 bilhão investido. Também mantém R$ 56,8 milhões, cerca de 4,1% do patrimônio, em operações de compromissada reversa de CRIs, com custos médios de CDI + 0,8% ao ano, além de recursos em instrumentos de caixa.
Assim, o VGHF11 continua buscando oportunidades de valorização maior através de suas estratégias de alavancagem e diversificação da carteira, mesmo em um cenário de desafios macroeconômicos e de mercado imobiliário.
