VGIA11, RBRR11, GAME11 e IBBP11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (11/12)
Os fundos imobiliários RBRR11, GAME11 e IBBP11 e o Fiagro VGIA11 estão entre os destaques desta quinta-feira (11), dia seguinte às decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil.

Nos EUA, o Fed (banco central norte-americano) seguiu a tendência do consenso do mercado e anunciou um novo corte de 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 3,5% e 3,75% ao ano. O encontro, contudo, foi marcado por divergências: nove diretores votaram na proposta vencedora, um dos membros desejava uma queda mais forte, de meio ponto percentual, e outros dois defenderam a manutenção da taxa anterior.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) mais uma vez manteve a Selic em 15% ao ano de forma unânime e, embora tenha verificado sinais de controle da inflação devido ao cenário de aperto monetário, não apresentou no comunicado uma sinalização de queda para o primeiro encontro do ano, em janeiro.
“Houve uma leve melhora nas expectativas de inflação, mas o Banco Central reforçou que precisa ver uma ancoragem mais sólida das projeções, ainda distantes da meta de 3%.O cenário tende a melhorar no final do ano e no início do ano que vem. Assim, o BC poderá ajustar seu comunicado em janeiro e iniciar o ciclo de cortes em março de 2026, projeta Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.
Ele acredita, contudo, que o mercado de renda variável deve se antecipar às quedas e aumentar a busca por ativos de risco, o que tende a ampliar o desempenho positivo dos fundos imobiliários. “A perspectiva de corte de juros já tem favorecido os ativos de risco: fundos imobiliários vêm batendo recordes, e as ações têm mostrado desempenho positivo”, defende o especialista.
Nesta quarta-feira (10), o IFIX fechou em 3.676,39 pontos, alta de 0,02%, em mais um dia de oscilação nos dois sentidos, em que a tendência positiva predominou à tarde — após o anúncio do Fed, mas antes do BC brasileiro, que só fez seu comunicado após o fechamento do mercado.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:
RBRR11 anuncia dividendos de R$ 0,80, com retorno mensal de 0,94%
O fundo imobiliário RBRR11 anunciou o pagamento de R$ 0,80 por cota em dividendos, com data-base em 9 de dezembro de 2025 e pagamento marcado para o dia 16. Com base no preço de fechamento de novembro, de R$ 84,30, o valor corresponde a um dividend yield mensal de 0,94%.
O RBRR11 reportou no mês de setembro um lucro de 13.4 milhões, segundo relatório gerencial mais recente divulgado pela gestora, a RBR Asset. O FII investe majoritariamente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) de risco high grade, com forte presença em operações indexadas ao IPCA.
Atualmente, o RBR Rendimento High Grade soma R$ 1,39 bilhão em patrimônio líquido, distribuído em 51 ativos. A carteira apresenta duration média de 4,1 anos e spread médio de CDI + 2,05% e IPCA +9,42% ao ano, reforçando o perfil conservador e a busca por previsibilidade nos resultados.
IBBP11 aumenta dividendos, conclui obras e avança em expansão
O fundo imobiliário IBBP11 obteve o Habite-se do edifício Antares, de 23,8 mil m², que receberá a Solventum — empresa norte-americana do setor de saúde listada na Bolsa de Nova York. O avanço marca a conclusão de todas as obras contratadas na primeira etapa de atuação do fundo, e consolida a tese de desenvolver ativos de alto padrão voltados a inquilinos de grande porte e elevada solidez.
A time de gestão da inVista elevou a distribuição de dividendos para R$ 0,08 por cota, com pagamentos nesta sexta-feira (12) para a classe sênior e na segunda-feira (15) para a ordinária. O aumento no patamar dos rendimentos segue o planejamento financeiro do FII, sustentado por maior receita recorrente e uma posição de caixa considerada confortável para os próximos meses. O resultado líquido de novembro somou R$ 3,867 milhões.
O mês também marcou a conclusão da 4ª emissão de cotas, que levantou R$ 80 milhões. Segundo a gestão, os recursos serão alocados gradualmente em novas construções e aquisições já mapeadas, garantindo disciplina e continuidade no crescimento do portfólio. O início de novos projetos está previsto ainda para este ano.
GAME11 divulga dividendos com yield de 1,09% e pagamento no dia 19
O fundo imobiliário GAME11 divulgou a distribuição de R$ 0,095 por cota em dividendos referente aos resultados de novembro. Os investidores posicionados até a terça-feira (9) receberão o pagamento no dia 19 de dezembro. Considerando o preço de fechamento de novembro, de R$ 8,67, o rendimento equivale a um dividend yield mensal de 1,09%.
Entre suas movimentações recentes, o GAME11 concluiu a liquidação antecipada do CRI BRF SSA CCV, operação que liberou aproximadamente R$ 12 milhões, reinvestidos em novos CRIs no mercado secundário. A estratégia segue priorizando ativos táticos e pós-fixados, com o objetivo de equilibrar liquidez e geração de resultado em um ambiente de juros elevados.
Com 73% da carteira indexada ao IPCA, com spread médio de 11,4%, e 27% atrelada ao CDI, com spread de 8,5%, o GAME11 mantém uma posição equilibrada entre proteção inflacionária e rentabilidade de curto prazo. Segundo a Guardian, o fundo segue atento a oportunidades de alocação no mercado secundário, buscando ampliar o resultado e preservar a liquidez em meio à alta seletividade do ciclo atual de crédito.
VGIA11 reduz dividendos para R$ 0,14 por cota; pagamento é no dia 17
O Fiagro VGIA11 anunciou a distribuição de R$ 0,14 por cota em dividendos, valor referente ao resultado de novembro de 2025. O pagamento será realizado no dia 17 de dezembro, para os investidores com posição até o fim do pregão desta quarta-feira (10).
O montante é ligeiramente inferior ao do mês anterior, quando o fundo havia distribuído R$ 0,15 por cota. Com base na cotação de fechamento de novembro do VGIA11, de R$ 9,71, o valor representa um dividend yield mensal de 1,44%.
Ao fim de outubro, o VGIA11 apresentava 84,1% de seu patrimônio líquido alocado, distribuído em 29 ativos, em um total de R$ 708,1 milhões em investimentos. Os demais recursos estavam investidos em instrumentos de caixa, segundo a gestão por causa de amortizações de parcelas relevantes de ativos do portfólio, mas a gestão já tinha projetos de alocação dos recursos.