RBRP11 diz que deixará de ser “um relógio” na distribuição mensal de proventos para os próximos meses
BRL Trust, administrador do Fundo Imobiliário RBR Properties (RBRP11) apresentou seu relatório de informações acorridos no mês de março/20.
Como resumo, destacou alguns pontos importantes sobre o avanço da pandemia no mercado mundial e os possíveis impactos em seus ativos e estratégias.
Em seu relatório, foi inteirado que em março, o COVID-19 avançou com velocidade e mostrou sua força ao redor do mundo trazendo pânico para a sociedade, governos e mercados. Diferentes de outras crises centradas na economia e no segmento financeiro, a atual começou na saúde e, com sua propagação, impactou fortemente os negócios em geral.
Apesar de o RBR Asset, gestor do RBRP11, achar que o fim da crise de saúde será rápido, disse que é impossível mensurar o tamanho do estrago nos negócios e países. Por conta disso, acredita que o momento exige cautela, comprar com parcimônia e seguir a disciplina de buscar bons ativos.
“Por outro lado, momentos de crise proporcionam boas oportunidades… e o fundo
RBRP11 entrou nessa crise com bastante caixa, em torno de R$ 200 milhões!”, destacou o RBR.
Segundo o gestor, esse caixa estava destinado, primordialmente, à aquisição de alguns edifícios corporativos que o fundo estava em negociação desde o ano passado, mas, com a queda dos mercados, alguns fundos imobiliários caíram a patamares que julgamos muito
atrativos.
Para a RBR, a avaliação do tijolo, diretamente ou indiretamente via um FII, é muito vinculada ao custo de reposição e, nesse momento, enxergam a oportunidade de comprar bons ativos via cotas de fundos listados.
Nesse movimento, portanto, o RBRP11 está buscando majoritariamente cotas de fundos de edifício corporativos com TIR superior a 20% ao ano (no período de até 3 anos,
somando dividendos mensais + ganho de capital). Também disse que estão identificando, em menor quantidade, oportunidades em fundos de logística e fundos de shoppings.
Além disso, em uma estratégia tática, seu gestor ressaltou que enxerga também oportunidades em fundos de CRI com desconto superior a 15% do Valor Patrimonial, baixo risco de crédito, bons rendimentos mensais e com liquidez.
“Tal movimento significa que o RBRP11 não irá comprar tijolo diretamente? Não! Vamos buscar o melhor risco x retorno para nosso cotista, dentro ou fora da bolsa. Nos aproveitando das quedas abruptas dos ativos em bolsa para entregar ganho de capital aos cotistas e aguardando as oportunidades nos ativos fora da bolsa na nossa busca contínua e diária por oportunidades. Acreditamos ser possível nos aproveitar de ambos momentos!” – RBR Asset.
RPRP11: Ganhos de capital em março
O fundo revelou que em março, conseguiram fazer um relevante ganho de capital na estratégia tática, assim como ocorreu nos meses anteriores. Mas, em tempos de indefinição, o fundo destacou que prefere adotar uma postura conservadora na distribuição de rendimentos, com redução do valor a ser distribuído em abril (competência março/2020), mantendo reserva de resultado para os meses seguintes.
Apesar do monitoramento constante da carteira, o stress econômico pode trazer demandas que provoquem, por descontos/diferimentos e inadimplências, redução do fluxo do fundo e, em razão disso, o RBRP11 optou por aguardar uma maior clareza no
horizonte dos próximos meses do semestre.
Vale destacar que a enorme maioria de seus inquilinos são empresas de grande porte como: IBM, FIAT, Volkswagen, Estácio, Anima Educação, Kroton, Prevent Senior. Esses nomes somam quase 70% da sua receita oriunda de imóvel diretamente e não via FIIs.
Neste contexto, sua gestão reiterou que sua postura frente a tais situações será sempre em benefício aos seus cotistas, realizando eventuais negociações que sejam necessárias contemplando benefícios nos contratos e nos ativos do fundo.
Por último, disse que possivelmente, nos próximos meses, o fundo deixará de ser “um relógio” na distribuição mensal de proventos, embora tenham confiança que as oportunidades apresentadas pela crise trarão benefícios maiores aos cotistas no futuro do que o rendimento mensal, e continuam focados em seu compromisso:
- Construir um portfólio saudável para distribuir dividendos equivalente a 7,1% ao ano (calculado sobre a cota de emissão – R$ 87,45/cota) aos cotistas durante 2020!
Carteira de ativos: O fundo apresenta 54,7% em empreendimentos imobiliários do segmento logístico e lajes corporativas, 17,7% em cotas de FIIs e 27,6% em ativos de caixa.
Rendimentos: Será distribuído R$ 3,1 milhões, equivalente a R$ 0,37 por cota. Esse valor equivale a um dividend yield de 0,47% (cota base R$ 76,52).
Liquidez: As cotas do RBR Properties são negociadas no mercado de bolsa da B3 desde agosto/18. Em março/20, sua movimentação girou cerca de R$ 52,1 milhões, atribuindo um volume médio de R$ 2,3 milhões.
O RBRP11 é um fundo destinado a investidores em geral, onde seu objetivo é gerar renda recorrente de aluguel através da locação de um portfólio diversificado de ativos imobiliários.
Sua taxa de gestão é 1,0% ao ano adicionado a taxa de administração de 0,18%, ambas sobre o seu patrimônio liquido, atualmente R$ 711,4 milhões.