NEWU11: Um FII de lajes corporativas do nordeste brasileiro
O Newport Renda Urbana FII (NEWU11) divulgou ao mercado seu primeiro relatório mensal, e como destaque, disse que está iniciando agora uma nova fase, sob nova gestão e novo nome, e com o objetivo de se tornar um fundo imobiliário com ativos diversificados de qualidade, com fluxo de rendimentos resiliente e liquidez crescente.
As cotas de emissão do fundo passaram a ser negociadas na B3 sob novo código de negociação NEWU11 (antes RDES11) a partir de 23 de março de 2020.
Em 13 de janeiro foi realizada assembléia geral extraordinária de cotistas, na qual foi aprovada a transferência da gestão do fundo para o Banco Plural e a NewPort Real Estate que iniciaram o trabalho em 16 de março/20.
A NewPort Real Estate, gestora do NEWU11, iniciou 3 frentes de gestão ativa dos seus ativos imobiliários com o objetivo de incrementar os rendimentos e o valor de mercado do fundo. São eles:
- Revisão, atualização e regularização de todos os documentos e informações dos ativos e do fundo;
- Avaliação, renovação e execução de ações de locação e venda dos imóveis do fundo;
- Início da reciclagem do Portfólio e aquisição de novos imóveis comerciais urbanos para o fundo.
A NewPort relatou que na semana em que iniciaram seu trabalho no fundo, a crise do Covid-19 começou a produzir impactos relevantes no Brasil, e para minimizar os impactos no NEWU11, sua equipe tem mantido contato próximo aos locatários de modo a estabelecer uma relação de parceria de longo prazo e equilibrada, buscando sempre proteger o patrimônio do investidor.
NEWU11 não distribuiu rendimentos referente ao mês de março/20
O relatório informou que em função dos custos imobiliários decorrentes da sua elevada vacância física, de carências e descontos dados em renegociações e de despesas adicionais relacionadas a ajustes retroativos, o resultado operacional do fundo foi reduzido nos últimos meses.
Por outro lado, no último dia 7 de fevereiro de 2020, o contrato de locação com a BRK Ambiental, totalizando 1.850m² no Ed. Center I, levou a taxa de ocupação desse ativo a 100% e reduziu a vacância física total do NEWU11 em 14,34%.
O prazo do contrato é de 10 anos e, em função de investimentos que o locatário fará no imóvel, O NewPort comunicou que foi negociada uma carência no pagamento do aluguel. Os custos imobiliários, no entanto, já ficam a cargo do locatário.
Além disso, em janeiro desse ano, o fundo firmou a prorrogação do contrato com a Petrobrás no Ed. Center I por mais 3 anos, vigorando retroativamente desde novembro de 2019, mediante uma redução no valor do aluguel na ordem de 30,66%, para R$36.50/m².
Diante disso, o NEWU11 entende que a grave crise do Covid-19, que atingiu todos os setores da economia brasileira, atingiu também alguns de seus locatários, que entraram em contato solicitando ajustes específicos.
Portanto, dada as incertezas futuras, o fundo iniciou conversas com o objetivo avaliar cada situação e tomar decisões equilibradas em cada caso. Como consequência, estas incertezas poderão impactar o resultado operacional para os próximos meses.
“Nosso time segue atento e em contato próximo com os locatários do fundo e tomará as decisões com o objetivo principal de defender os interesses dos investidores, bem como prezar pela construção de um relacionamento de longo prazo com os locatários e parceiros”, evidenciou a NewPort em seu relatório.
Carteira de ativos: O fundo detém 3 ativos de lajes corporativas localizados em cidades na região nordeste do Brasil. A figura abaixo apresenta suas características.
No fechamento de março/20, o valor patrimonial da cota foi de R$ 88,29 e o valor de mercado da cota foi de R$ 55,00.
O NEWU11 tem por objeto a participação em empreendimentos imobiliários urbanos de uso institucional ou comercial, priorizando a aquisição propriedades que sejam lajes ou prédios de escritórios, imóveis ocupados por monousuários localizados na malha
urbana das cidades brasileiras.