FII HGRU11: conheça o perfil e estratégia do maior fundo de renda urbana
O CSHG Renda Urbana (HGRU11) é um fundo de tijolo com foco em investimentos no setor de varejo. Fundado em 2018, o fundo gerido pela Credit Suisse fez inúmeras mudanças em seu portfólio, se tornando um dos principais FIIs do seu segmento. Se você quer saber tudo sobre o HGRU11, me acompanhe nesta leitura.
Com patrimônio líquido de R$ 2,17 bilhões, em toda sua trajetória, o HGRU11 só fez 4 emissões de cota, o que demonstra a robustez financeira do fundo de renda urbana da Credit Suisse.
Perfil de investimentos do HGRU11
Basicamente, o CSHG Renda Urbana foi o primeiro FII a investir diretamente em imóveis para supermercados, sendo um dos primeiros a popularizar o termo renda urbana. Em seu portfólio, o HGRU11 possui tanto ativos de supermercados e lojas do varejo, quanto imóveis locados para o setor educacional.
Depois do HGRU11, outros fundos se lançaram nesse mesmo segmento, como o TRXF11, SEQR11 e RBVA11. Podemos dizer que o setor de renda urbana “caiu no gosto do investidor”, principalmente nos ativos locados para supermercados. No geral, esses imóveis possuem boas localizações e suas locações são fechadas com contratos longos, oferecendo segurança aos fundos imobiliários.
De acordo com o regulamento do fundo, é permitido ao HGRU11 investir no setor de saúde, mais especificamente em centros médicos e laboratórios. Mas o fundo ainda não possui esses segmentos em carteira. Além disso, outro tipo de investimento que pode ser feito pelo fundo, é no setor de lojas de construções. Mas até o momento o CSHG Renda Urbana não tem em carteira.
Crescimento do fundo no decorrer do tempo
Entre 2018 até o fim de 2019, o fundo teve pouca valorização patrimonial. Mas após a segunda emissão de cotas do HGRU11, o patamar cresceu bastante. Ao longo de 4 anos, o fundo saiu de um valor patrimonial da cota de R$100,00 para o valor atual de R$118,00 mostrando o crescimento do fundo.
Da mesma forma, o número de cotistas do HGRU11 cresceu bastante nos últimos anos, chegando ao número de 161.242. Basicamente, as emissões de cotas ajudaram o fundo a escalar sua base de investidores, principalmente ao optar por fazer ofertas públicas ao invés de ofertas restritas.
Por isso, o HGRU11 é o 11º fundo em número de cotistas de fundos imobiliários, sendo o 7º entre os fundos de tijolo. Em patrimônio, o fundo está na 13ª colocação entre seus pares, sendo o 6º entre os FIIs de tijolo.
A gestora deixou claro em seu último relatório gerencial, que após 4 ofertas públicas captou mais R$ 2 bilhões, investido em cerca de 90 imóveis, negociando um volume financeiro diário de aproximadamente R$ 4 a 5 milhões.
Estratégia do HGRU11
O HGRU11 investiu em muitos imóveis de uma só vez, tanto é que o fundo possui quase 100 ativos em seu portfólio. Dentro da estratégia da gestora, o fundo vem realizando vendas pontuais de alguns desses ativos, aumentando sua fatia de ganhos não recorrentes.
Falando nisso, Credit Suisse também tem uma prática bastante peculiar quando o assunto é distribuição de rendimentos. Em primeiro lugar, o HGRU11 preza pela linearidade dos dividendos, mostrando bastante previsibilidade na sua distribuição.
Porém, quando há ganho de capital por meio de alguma venda, o fundo geralmente distribui esse valor no final dos semestres ao invés de diluir os ganhos mês a mês.
No seu último relatório gerencial, a gestora deixou evidente sua intenção de continuar fazendo vendas, aumentando a receita do fundo. A gestora afirmou que seu “desafio é vender aproximadamente um valor entre R$100 e R$150 milhões em valor de venda, destravando assim algo como R$30 e R$ 45 milhões de lucro total ao fundo”.
Na visão da gestão do HGRU11, o fundo tem acertado em sua estratégia. Tanto é que o CSHG Renda Urbana começou em 2018 pagando R$0,68 por cota. Recentemente, o fundo começou a distribuir R$0,82, aumento de pouco mais de 20%.
Caso o fundo consiga alcançar sua meta de vendas e investimentos, certamente o CSHG Renda Urbana poderá gerar ainda mais valor aos seus cotistas. E você, investe no HGRU11?
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