URPR11 e Fundo de Papel são os destaques do Bom Dia FIIs (14/09)
O IFIX fechou a última quarta-feira (14) em queda de 0,15%, terminando o dia em 2.969 pontos. No acumulado do mês de setembro e do ano de 2022, a variação do índice é de -0,24% e 5,85%, respectivamente.
Em resumo, o URPR11 divulgou rendimentos e mostrou a taxa de sua carteira. Também, publicamos uma matéria sobre fundos de papel, eles podem quebrar? Confira!
Confira as principais notícias do mercado de FIIs:
URPR11 possui taxa média de IPCA + 12,24% ou CDI + 10%
O fundo imobiliário URPR11 informou nesta última quarta-feira (14) os resultados do FII no mês de agosto. A gestora reforçou que após a finalização das alocações a taxa média do fundo subiu para IPCA + 12,24% ou CDI + 10%.
A gestora do URPR11 disse que o fundo possui R$ 4,7 milhões em resultados acumulados que poderão ser utilizados para distribuição de rendimentos no próximo mês.
Sobre as operações do fundo, o URPR11 busca readequar o perfil das alocações, entregando maior diversificação, mas também retornos e garantias mais adequados a cada momento de mercado.
Na visão da gestora, essa readequação é possível com a inclusão de novas operações na carteira com taxas e estruturas mais adequadas. Como complemento, eventualmente o fundo também fará venda de operações no mercado secundário, aumentando seu retorno.
A gestora garante os resultados do URPR11 em agosto foi um dos melhores em termos reais desde sua listagem, com spread anualizado sobre o rendimento líquido da NTN-B de 19,47% e spread anualizado sobre o benchmark (IPCA + 7%) de 17,92%.
Para este mês de setembro, os dividendos do URPR11 são de R$ 1,62 por cota, o equivalente a um dividend yield de 1,56%.
Um fundo de papel pode quebrar? Marcos Baroni responde
No canal do Telegram da Suno, o professor e analista da Suno, Marcos Baroni, respondeu uma dúvida recorrente dos investidores sobre os fundos de papel. Afinal, os FIIs que investem em CRIs podem quebrar?
Na análise de Baroni, antes de tudo, “é muito importante destacar que um FII de Papel investe em vários CRIs diferentes, que apresentam taxas de retornos distintas, bem como riscos individuais”.
O analista da Suno ressalta que o investimento em CRIs tem uma mecânica similar a um financiamento imobiliário. Neste aspecto, trata-se de um mecanismo que possibilita o crescimento das companhias. Elas emitem a dívida, mas em contrapartida, elas precisam oferecer garantias caso o negócio quebre.
Ou seja, “muitas empresas tomam dívidas para poder crescer, porque a tendência é ela gerar um ROE acima do custo da dívida — otimização do custo de capital”, reforça Baroni. Deste modo, quanto maior for a qualidade da empresa e do empreendimento em si, menor a chance de quebra.
Mesmo assim, Baroni diz que se todos os devedores de todos os CRIs presentes no portfólio de um FII derem default, a administração do fundo, através das securitizadoras, vai atrás das garantias que foram dadas nessas operações.
Ou seja, “elas terão que ser vendidas e transformadas em dinheiro para voltarem ao patrimônio líquido do FII”.
No entanto, isso não acontece da noite para o dia. E, se acontecer, demoraria vários meses, quiçá anos, para ser resolvido. Mas sim, o problema seria resolvido.
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