TRXF11 e Fundos de Papel são os destaques do Bom Dia FIIs (05/12)
O IFIX, o principal índice de FIIs, fechou a última segunda-feira (5) em queda de 0,15%, terminando o dia em 2.889 pontos. No acumulado do mês de dezembro e do ano de 2022, a variação do índice é de 0,73% e 3%, respectivamente.
Em resumo, o fundo imobiliário TRXF11 divulgou seus resultados e destacou redução de alavancagem. Além disso, os fundos de papel foram destaque do Bom Dia FIIs. Saba as razões.
Confira as principais notícias do mercado de FIIs:
TRXF11: com maior rentabilidade que o IFIX, FII reduz alavancagem
O fundo imobiliário TRXF11 divulgou nesta segunda-feira (5) seus resultados do mês de novembro. O FII reduziu sua alavancagem após sua 7ª emissão de cotas, mostrando também seus rendimentos do mês e sua rentabilidade, que bateu o IFIX.
Os dividendos do TRXF11 serão de R$ 0,85 por cota, valor que representa um dividend yield anualizado de 9,71% sobre a cota de fechamento do mês de R$ 105,03. O fundo tem distribuído este patamar desde o início deste ano.
A gestora do FII também mostrou a rentabilidade do TRXF11 em seu último relatório. Desde o início das negociações das cotas do fundo na B3 em 2017, a rentabilidade total, que inclui a variação da cota e a distribuição de dividendos, é de 32,69%. O IFIX performou negativamente no período, caindo -8,11%, diferença de 40,80% neste período.
No ano, a rentabilidade do fundo é de 13,70%, enquanto o IFIX apresenta variação de 2,23%, diferença de 11,47%. No mês, as cotas do TRXF11 negociadas no mercado secundário desvalorizaram -3,99%, enquanto o IFIX desvalorizou -4,15%.
Em novembro, o fundo captou em sua 7ª Emissão de cotas do TRXF11 cerca de R 275 milhões, com a emissão de 2.632.367 novas cotas. O preço de emissão foi de R$ 104,55.
Considerando que foi acionado o montante adicional da oferta, há ainda restantes 1.251.129 cotas da emissão que serão oferecidas a cotistas do FII, desde que sejam investidores profissionais, no âmbito da oferta restrita.
Os recursos captados já estão sendo considerados como ativos do fundo, o que impacta em diversos indicadores. O maior destaque é a redução da alavancagem que passou a ser de 37,92% no fechamento do mês.
Acabou a era dos Fundos de Papel? Veja a resposta de analista
Com a queda nas cotas dos fundos de papel e a recente redução dos seus rendimentos, uma pergunta comum entre os investidores é: “Acabou a era dos fundos de papel”? Para responder essa questão, o analista e sócio da Suno, Marcos Baroni, tirou essa dúvida comum dos investidores de fundos imobiliários.
De forma bastante direta, Baroni não vê o fim dos fundos de CRI, que são FIIs que investem na dívida do setor imobiliário através dos certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
O analista acredita que agora é que as oportunidades para esses fundos estão surgindo. A deflação deixou de ser uma realidade, com a inflação voltando a patamares “normais” no Brasil. Na verdade, o analista pondera que o IPCA não está “galopante”, como em períodos anteriores, mas muito próximo de uma estabilidade. E isso é positivo para os fundos de CRI.
Ou seja, pelos próximos 6 a 12 meses com uma inflação estável, os fundos imobiliários de papel pagarão bons rendimentos, sem as oscilações negativas dos meses de deflação.
O analista também comenta que essa acomodação da inflação ajuda os fundos de papel em relação ao risco. Durante parte de 2021 até metade do ano atual, a inflação estava realmente a níveis desconfortáveis, sendo um risco para os devedores dos FIIs de CRI. Com a inflação estável, o risco de crédito fica menor, trazendo maior estabilidade ao mercado de crédito imobiliário.