KNCR11 e GTIS são os destaques do Bom Dia FIIs (07/12)
O IFIX, o principal índice de FIIs, fechou a última quarta-feira (7) em queda de 0,19%, terminando o dia em 2.876 pontos. A maior alta do dia foi com o FII XPPR11 (3,42%), enquanto o RCRB11 amargou a pior baixa (-2,93%).
Em resumo, o KNCR11 comentou os resultados da sua última emissão de cotas. Além disso, a GTIS Partners explicou as razões para seu otimismo com 2023.
Confira as principais notícias do mercado de FIIs:
KNCR11 arrecada mais de 1 bilhão com emissão de cotas; entenda
O fundo imobiliário KNCR11 encerrou em novembro o processo de captação da sua 9ª emissão de cotas, arrecadando o montante de R$ 1,77 bilhão em novos recursos. No total, 11.415 investidores subscreveram novas cotas.
A gestora acredita que o crescimento do fundo é construtivo para os investidores, uma vez que trará maior diversificação de riscos para a carteira, maior liquidez das cotas no mercado secundário e acesso a novas operações em patamar de remuneração atrativo.
Ao fim de novembro, o KNCR11 apresentava alocação, em relação ao seu patrimônio, de 96,3% em CRI, 8,8% em LCI e 2,3% em outros instrumentos de caixa, que serão destinados a novas operações.
A parcela investida em CRIs em CDI corresponde a 95,6% do patrimônio líquido do Fundo, remunerados a um yield médio (MTM) de CDI 2,52% a.a.
Por fim, os dividendos do KNCR11 serão de R$ 1,10 por cota e representam uma rentabilidade equivalente a 104% da taxa DI.
GTIS Partners quer expandir suas operações no mercado brasileiro em 2023
A GTIS Partners, que atua na gestão de ativos imobiliários nos Estados Unidos e no Brasil, está otimista com o mercado imobiliário brasileiro em 2023. Mesmo com as incertezas para o ano que vem, a gestora é confiante em aumentar seus investimentos.
Segundo Maristella Diniz, sócia e head de relacionamento com o investidor, o próximo ano deve trazer boas oportunidades.
Em sua visão, existe uma perspectiva positiva, principalmente para o investidor estrangeiro que quer alocar capital no Brasil. Maristella comenta que, no governo Lula, há uma expectativa de uma pauta ambiental mais alinhada aos interesses dos investidores estrangeiros. “E a GTIS tem grande apreço pela abordagem ESG”, afirma.
Por isso, há uma expectativa que os fundos – tanto o FII GTLG11 quanto os fundos de investimentos fechados – ganhem maior visibilidade, por sua aproximação com a agenda sustentável.
O FII em questão possui quatro ativos desenvolvidos pela própria gestora. Em sua visão, o fundo “deu certo”. “O diferencial do fundo é justamente seus ativos que são de muita qualidade, locado para empresas de e-commerce ou logística”, afirma.
Atualmente o fundo imobiliário da GTIS é considerado pela gestora um FII estável, com 4% de vacância, 0% de inadimplência e dividend yield de 8,4%.
Novas captações para 2023
Neste ponto, a gestora tem planos para novas captações em seus fundos fechados. No momento, a GTIS pretende investir em logística, logística urbana e lajes corporativas. Mas a gestora está “de olho” nas oportunidades, com possibilidade de participar de projetos residenciais.
Questionada se a GTIS pode lançar um novo fundo imobiliário em 2023, Maristella respondeu que, por ora, o plano é alocar capital em private equity, com desenvolvimento e aquisições no setor imobiliário.
“Para criar um novo FII, precisaríamos de condições um pouco melhores, quem sabe uma queda na Selic e com uma inflação ainda mais baixa. Mas o mais importante é que a GTIS está com a casa preparada para novos investimentos”, finaliza.