Os fundos imobiliários indexados à inflação voltarão a ‘decolar’?
Entre os meses de julho a setembro do ano passado, o país registrou deflação. Após este cenário observado no início do segundo semestre de 2022, uma das dúvidas realizadas por investidores é se os fundos imobiliários indexados à inflação voltarão a ‘decolar’.
O fundador do grupo Suno, Tiago Reis, respondeu a essa questão, que foi enviada por um de seus seguidores. Ele comentou que “tem pouca dúvida” se os fundos imobiliários indexados à inflação voltarão a ‘decolar’.
Ele explica que, no país, o investidor de fundos imobiliários “tem uma ‘paixão’ enorme por dividendos”. Como houve deflação em alguns meses de 2022, diversos FIIs indexados à inflação registraram “quedas expressivas dos seus dividendos”.
Tiago Reis comenta que “nem todo investidor tem uma percepção do que está comprando. Ele pensa que essa queda expressiva dos dividendos é um sintoma de uma fragilidade do fundo — o que não é verdade”.
De acordo com Tiago, assim, quando há queda dos dividendos, muitos investidores pensam que “está indo por ‘água abaixo’. Pode ser que seja isso, mas no caso dos fundos de CRI indexados à inflação, não é o caso. Foi só um momento de deflação”.
Perspectiva para os fundos imobiliários indexados à inflação
Apesar do período de deflação por três meses seguidos, o IPCA registrou alta nos últimos meses de 2022. O fundador do grupo Suno ainda acredita que haverá inflação em janeiro.
“Quando tiver imposto de gasolina, então, (que deve vir, talvez, em março, a inflação deve ‘correr mais livre’), provavelmente, os dividendos vão subir”, prevê.
“E, daí, aqueles investidores, que são muito atraídos por dividendos, vão ‘abrir os olhos’ e vão achar que, agora, é ‘mil maravilhas’ e vão voltar a comprar”, complementa.
Diante dessa perspectiva, Tiago Reis considera este “call” como “muito óbvio”: de comprar fundos imobiliários de CRI, que caíram bastante o dividendo, e que devem voltar com esses rendimentos maiores futuramente.